BH e Região Metropolitana
14º Seminário BEAGALÊ destaca a saúde mental nas bibliotecas
A Prefeitura de Belo Horizonte realiza, nos dias 20 e 21 de maio, a 14ª edição do Seminário Beagalê, na Funarte MG (Rua Januária, 68, Centro) Criado em 2007 com o objetivo de promover encontros e discussões nos campos da leitura, literatura, livros e bibliotecas, o tema do Beagalê, nesta edição, é “Práticas inclusivas em saúde mental nas bibliotecas públicas: perspectivas sobre a democratização do acesso”
A Prefeitura de Belo Horizonte realiza, nos dias 20 e 21 de maio, a 14ª edição do Seminário Beagalê, na Funarte MG (Rua Januária, 68, Centro). Criado em 2007 com o objetivo de promover encontros e discussões nos campos da leitura, literatura, livros e bibliotecas, o tema do Beagalê, nesta edição, é “Práticas inclusivas em saúde mental nas bibliotecas públicas: perspectivas sobre a democratização do acesso”.
Durante dois dias de seminário, serão ofertadas mesas redondas, conferência e oficinas com especialistas no tema, no intuito de encontrar caminhos para o aprimoramento do atendimento, nas bibliotecas, de públicos diversos como: pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), transtorno bipolar, depressão, esquizofrenia, entre outras psicoses, demência, deficiência intelectual e transtornos de desenvolvimento.
As inscrições para participação na programação são gratuitas e devem ser feitas online.
O 14º Seminário Beagalê é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte em parceria com o Instituto Lumiar.
O tema da 14ª edição do Seminário Beagalê dialoga com as diretrizes do Plano Municipal de Leitura, Literatura, Livro e Bibliotecas de Belo Horizonte, sancionado em dezembro de 2023, e que, entre outros pontos, inclui a garantia da acessibilidade de bibliotecas públicas e escolares a pessoas com deficiência, por meio da qualificação dos trabalhadores que atuam nesses espaços e da promoção de iniciativas relacionadas à promoção da leitura e da escrita.
A secretária municipal de Cultura, Eliane Parreiras, destaca a importância da realização do evento. “As ações do seminário Beagalê possibilitam a democratização do acesso aos bens culturais, ao reconhecer e valorizar a função social das bibliotecas como espaços abertos a todas as pessoas. Práticas inclusivas em bibliotecas públicas são fundamentais para garantir o direito de todos os públicos circularem em seus espaços e usufruírem de seus serviços e acervos, de maneira inclusiva e autônoma, potencializando o espaço da Biblioteca Pública como instrumento de inclusão sociocultural da comunidade em que atua”, afirma.
Segundo a Diretora de Promoção dos Direitos Culturais da Fundação Municipal de Cultura, Bárbara Bof, o tema desta edição é resultado de percepções e discussões trazidas pelas equipes das bibliotecas públicas da Fundação. “Essas percepções são fundamentadas por suas vivências e por pesquisas em torno dos impactos significativos da pandemia na saúde mental das pessoas, e que sabemos, aconteceram não somente na esfera municipal, mas em dimensão nacional e mundial. Para a discussão, o seminário conta também com a participação de profissionais das secretarias de Educação e Saúde, em especial da Saúde Mental, trazendo a transdisciplinaridade e a intersetorialidade como instrumento de articulação entre os setores diversos, numa troca de saberes e experiências”, explica.
Seminário Beagalê
Criado em 2007 pela Fundação Municipal de Cultura, o “Beagalê” contempla o seminário anual de formação continuada de profissionais que atuam com formação de leitores, tanto no âmbito da FMC/PBH, por meio do trabalho em rede da Gerência de Bibliotecas e Promoção da Leitura e da Escrita (GBPLE), quanto em projetos da sociedade civil. O projeto inclui também atividades periódicas de formação na área do livro, leitura, bibliotecas e literatura para o público externo e profissionais atuantes na rede de bibliotecas da FMC.
A gestão do projeto Beagalê está a cargo da GBPLE, vinculada à Diretoria de Promoção dos Direitos Culturais/FMC – responsável por uma rede de 22 bibliotecas, com o acervo unificado e serviços de extensão para formar multiplicadores da promoção de leitura. As bibliotecas da rede da FMC estão localizadas nos 17 centros culturais, bem como no Museu da Moda, no Cine Santa Tereza, no Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, na Escola Livre de Artes e na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil. A cada ano, o tema central e a programação do Seminário Beagalê são construídos coletivamente com a equipe das bibliotecas da GBPLE.
Programação
- Segunda-feira (20)
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Segunda-feira (20)
• 9h30 às 12h: Conferência de abertura “Práticas inclusivas em saúde mental nas bibliotecas públicas: perspectivas sobre a democratização do acesso”Convidado: Galeno Amorim – Jornalista, autor de 18 livros, ex-presidente da Biblioteca Nacional e do Cerlalc/Unesco, responsável pela criação do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL) e atual presidente da Fundação Observatório do Livro e da Leitura.
Mediação: Kátia Mourão – Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte
Sinopse: A conferência de abertura abordará formas de potencializar o uso da biblioteca como ferramenta de inclusão sociocultural da comunidade local.
• 13h30 às 15h30: Mesa de debate 1 – Arte e inclusão: o fazer artístico e culturalParticipantes: Sandro Boaventura – Licenciado e bacharel em Letras, ator, psicanalista, mediador das oficinas de “Letras e Performance” na rede de Saúde Mental do SUS-BH; Meiry Geraldo – Musicoterapeuta e fundadora da Galeria AUT, é integrante da CADDA MG e da diretoria da ASATEA MG.
Mediação: Alison Barbosa – Bibliotecário do Centro Cultural Vila Marçola.
Sinopse: A mesa abordará as experiências em arte e inclusão nos campos da literatura e música, com foco na promoção da saúde mental.
• 16h às 18h: Oficina 1 – Introdução à Biblioterapia e uso do acervo das bibliotecas públicas
Convidada: Marina Nogueira – Bibliotecária, psicóloga, doutora e mestre em Ciência da Informação.
Sinopse: Nesta oficina, serão introduzidos os conceitos básicos da Biblioterapia, suas origens, sua metodologia e sua função terapêutica para desenvolvimento pessoal. Será abordado também alguns pontos das bases psicológicas e filosóficas descritas na literatura da área. Na prática, haverá a elaboração, em grupo, de um projeto de Biblioterapia, para colocar em prática os elementos apresentados na exposição dialogada.
- Terça-feira (21)
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• 10h às 12h: Mesa de debate 2 – A biblioteca como espaço de cuidado e acolhimento: experiências intersetoriais
Participantes: Wellington Tibúrcio – Gerência da Rede de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde;
Adriana Pedrosa – Gerência de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Educação; Flávio Couto – Secretaria Municipal de Educação.Mediação: Priscila Miranda – Bibliotecária do Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira
Sinopse: A mesa abordará as formas de contribuir para o fortalecimento da biblioteca como espaço de cuidado voltado para o acolhimento de todos os públicos, trazendo a transdisciplinaridade e a intersetorialidade como instrumento de articulação entre os setores diversos, numa troca de saberes e experiências.
• 14h às 16h: Oficina 2 – Saúde mental dos profissionais que atuam nas bibliotecasConvidada: Juliana Morganti – Professora e biblioterapeuta certificada pela escola inglesa Book Therapy /UK.
Sinopse: A oficina tem o objetivo de trabalhar a temática da saúde mental das/os profissionais que atuam nas áreas do livro, leitura, literatura e bibliotecas, usando recursos da Biblioterapia.