Balança Comercial Brasileira: Superávit na 4ª Semana de Julho Puxado Pelo Agro

A balança comercial brasileira encerrou a quarta semana de julho de 2025 com um superávit expressivo de US$ 1,3 bilhão. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (28) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), confirmam a resiliência do comércio exterior do país, com destaque para o desempenho do agronegócio.

No período de 20 a 26 de julho, as exportações brasileiras totalizaram US$ 7,481 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 5,95 bilhões. Esse resultado positivo na semana contribuiu para um superávit acumulado no mês de julho de US$ 3,608 bilhões até o momento.

Agronegócio: O Motor do Superávit

O setor agropecuário foi o principal impulsionador do crescimento das exportações nesta quarta semana. Apesar dos desafios impostos por tensões tarifárias e um cenário internacional volátil, o agronegócio demonstrou sua força, com volumes significativos de vendas externas.

No acumulado do ano, as exportações totais do Brasil já atingem US$ 192,10 bilhões, e as importações, US$ 157,22 bilhões, resultando em um superávit de US$ 34,88 bilhões. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) também apresentou crescimento, indicando uma maior movimentação comercial do país.

Análise Setorial:

• Agropecuária: Apesar de uma leve queda em algumas categorias no acumulado do mês, o setor foi crucial para o superávit semanal, mostrando a capacidade de resposta dos produtores.
• Indústria Extrativa: Registrou recuo nas importações de carvão e gás natural.
• Indústria de Transformação: Houve diminuição nas importações de veículos de passageiros e tubos de aço, mas a indústria de transformação tem mostrado sinais de recuperação nas exportações no acumulado do ano.

O desempenho favorável da balança comercial na quarta semana de julho é um indicativo da capacidade de adaptação do Brasil em um cenário global desafiador, com o agronegócio reafirmando seu papel estratégico na economia nacional.