“Consórcio da Paz”: Governadores Aliados de Castro Anunciam Frente Contra o Crime

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Rio de Janeiro – Em um movimento de união política e estratégica, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), reuniu-se nesta quinta-feira (30) com governadores aliados para anunciar a criação do “Consórcio da Paz”, uma nova frente de integração interestadual focada exclusivamente no combate ao crime organizado e na segurança pública.

O anúncio ocorre logo após a megaoperação policial que resultou em mais de 120 mortes no Rio de Janeiro, e em meio a um tenso debate com o Governo Federal sobre a responsabilidade e as diretrizes da segurança.

🎯 Objetivos: Integração e Combate Sem Fronteiras

O Consórcio, idealizado para operar com agilidade e foco, visa somar recursos e inteligência entre os estados. Participaram da reunião, presencialmente ou de forma remota, governadores e vice-governadores de perfil mais alinhado à direita, como:

  • Romeu Zema (Novo-MG)
  • Jorginho Mello (PL-SC)
  • Ronaldo Caiado (União Brasil-GO)
  • Eduardo Riedel (PP-MS)
  • Celina Leão (PP-DF), vice-governadora do Distrito Federal
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), de forma remota

As medidas propostas pelo Consórcio incluem:

  • Troca de Inteligência: Compartilhamento imediato de informações sobre facções criminosas que atuam em mais de um estado (como o Comando Vermelho).
  • Apoio Operacional: Empréstimo de pessoal qualificado e recursos humanos entre as polícias estaduais.
  • Aquisição Consorciada: Compra conjunta de equipamentos e tecnologia de segurança para obter melhores preços e padronização.

⚔️ Críticas à União e à PEC da Segurança

O anúncio do Consórcio da Paz ganhou um tom político ao ser utilizado pelos governadores como uma plataforma para criticar a postura do Governo Federal na segurança pública.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, classificou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, atualmente em tramitação no Congresso, como uma “proposta fake (falsa)”. Segundo os governadores, a PEC centralizaria o comando das políticas de segurança no Ministério da Justiça, o que seria visto como uma intervenção direta na autonomia das polícias estaduais.

“O combate ao crime organizado não pode ter fronteiras. É uma responsabilidade de todos,” declarou o governador Jorginho Mello, de Santa Catarina, defendendo o modelo de integração horizontal entre os estados.

➡️ Desdobramentos no Rio

A criação do Consórcio ocorre em paralelo a outras ações coordenadas no Rio:

  • Escritório Emergencial (Governo Federal): No dia anterior, Cláudio Castro e o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, haviam anunciado a criação de um escritório emergencial no Rio para unificar estruturas policiais e acelerar o combate ao crime organizado.
  • Julgamento no TSE: O governador Cláudio Castro ainda aguarda o julgamento de um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo dia 4 de novembro, que pode resultar na cassação de seu mandato por suposto abuso de poder econômico na campanha de 2022.

A proposta dos governadores é expandir o Consórcio da Paz para todos os 27 estados do país, buscando soluções estaduais para um problema que, segundo eles, é de dimensão nacional.

Gostaria de saber mais sobre as mudanças legislativas que os governadores pretendem pressionar no Congresso para endurecer o combate ao crime organizado?

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