Preservação da Saúde Mental: Mãe de Isabella Nardoni Explica Por Que Não Assistirá à Série “Tremembé”

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O lançamento da série de ficção “Tremembé” na última semana reacendeu o debate sobre crimes reais e o impacto midiático na vida das vítimas e de seus familiares. Diante da alta repercussão, Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, utilizou suas redes sociais para explicar sua decisão de não assistir à produção, que, em parte, retrata o crime brutal que vitimou sua filha em 2008.

Ana Carolina foi categórica ao afirmar que sua escolha visa à preservação de sua saúde mental e emocional.

A Escolha de Se Afastar da Ficção

Em suas declarações, a mãe de Isabella, que atualmente é vereadora em São Paulo e dedica seu trabalho à defesa dos direitos da criança e do adolescente, fez um apelo à responsabilidade e ao respeito:

“Eu escolhi por não assistir à série. É algo que conta a minha história, mas uma coisa é certa: eu estou falando da minha filha, da minha história, do que eu vivi. Outra coisa é como se eu estivesse vivenciando a cena do crime novamente.”

“Tenho visto que tem sido um sucesso, mas acredito que, para o meu coração e para a minha saúde mental, a melhor opção no momento é não assistir“, concluiu.

A decisão reforça a posição de Ana Carolina como vítima secundária do crime, ressaltando o direito à paz e ao distanciamento de um evento que marcou sua vida de forma indelével.

Alerta Contra a “Heroificação” de Criminosos

A vereadora também aproveitou o desabafo para fazer uma crítica ao possível efeito que as produções true crime podem gerar na opinião pública:

  • Responsabilidade Pública: Ana Carolina pediu que o público demonstre discernimento ao consumir o conteúdo.
  • Crítica à Visibilidade: Ela expressou a preocupação de que a série possa inadvertidamente “tornar assassinos pessoas de visibilidade e heróis”, reforçando que essas figuras estão longe de serem celebridades.

O caso Isabella Nardoni, no qual o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram condenados por homicídio triplamente qualificado, comoveu o Brasil. O fato de o casal, que ainda nega o crime, estar atualmente cumprindo pena em regime aberto, amplia a sensibilidade e o impacto emocional de qualquer obra que revisite a história.

Ana Carolina, que já havia participado do documentário “Isabella: O Caso Nardoni” (Netflix) com o propósito de garantir que a história de sua filha e a luta contra a violência infantil não fossem esquecidas, agora prioriza seu bem-estar emocional e sua rotina familiar e política.

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