MOTTA ROMPE COM LÍDER DO PT

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Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou o rompimento de relações com o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ). Esse atrito pessoal e político agrava o desgaste e a crise de confiança que já existiam na reta final de 2025 entre o Palácio do Planalto (Governo Lula) e o Congresso Nacional.


💥 O Motivo do Rompimento

Hugo Motta declarou que não tem mais interesse em ter “nenhum tipo de relação” com Lindbergh Farias. O desgaste entre os dois, que já vinha se acumulando há meses, é atribuído a:

  • Comportamento de Lindbergh: Aliados de Motta acusam o líder do PT de se exaltar nas discussões e de tentar desgastar a imagem da Câmara perante a opinião pública.
  • Atuação como “Líder do Governo”: Motta e a cúpula da Câmara criticam Lindbergh por agir como se fosse o porta-voz do governo nas reuniões de líderes, em vez de se limitar à defesa da bancada do PT.
  • Discordância na Pauta: O atrito foi acentuado pela discussão do Projeto de Lei (PL) Antifacção, principal resposta do governo Lula à crise na segurança pública.
    • Relatoria: Motta escolheu o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), aliado de Tarcísio de Freitas (potencial adversário de Lula em 2026), para relatar o PL.
    • Derrota do Governo: Derrite promoveu mudanças no texto que foram criticadas pelo Executivo. O governo orientou voto contra, mas acabou derrotado na Câmara, o que elevou a tensão.

🏛️ Reação de Lindbergh e Impacto Político

Lindbergh Farias reagiu, chamando a postura de Motta de “imatura”. O líder petista afirmou que a política não é um “clube de amigos” e que suas posições sempre foram transparentes. Ele ainda culpou Motta pela “crise de confiança” na relação com o governo, citando decisões do presidente da Câmara, como a derrubada do IOF e a escolha da relatoria do PL Antifacção, como fatores de desgaste.

O rompimento reforça a percepção de que:

  • Governo Emparedado: O atrito pessoal entre o presidente da Câmara e o líder do PT, somado às derrotas recentes do Planalto em matérias importantes (como o PL Antifacção e a pauta-bomba de Davi Alcolumbre no Senado), indica um clima de confronto e isolamento do governo na reta final do ano.
  • Relação Institucional Fria: A tendência é que a convivência entre Motta e Lindbergh, e, por extensão, entre a Câmara e o Planalto, se torne meramente institucional, dificultando a articulação política para a aprovação de matérias de interesse do Executivo.
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