Saúde & Bem-Estar
A armadilha de mosquito usada por cidade de SP para controlar dengue.
Enquanto o Brasil vive uma explosão de casos de dengue, uma cidade do interior de São Paulo enfrenta a crise com relativa tranquilidade.
Santa Rosa do Viterbo teve apenas 12 casos da doença neste ano e nenhuma morte.
O município tem pouco mais de 26,7 mil habitantes, o que significa que apenas um em cada 5,34 mil moradores foram infectados em 2024.
Isso representa uma redução acentuada em relação a quando o município ainda não tinha lançado mão de uma nova estratégia de combate à dengue.
As armadilhas, chamadas de “mosquitrap”, foram espalhadas pela cidade no ano passado. Elas imitam um criadouro de mosquitos.
Dentro, é colocada água com um composto químico que libera um odor para atrair o Aedes aegypti. Essa substância é inodora e não é tóxica para o ser humano.
Quando o mosquito entra para colocar os ovos, fica preso em um cartão adesivo na lateral interna da armadilha.
Agentes de saúde fazem uma coleta dos mosquitos uma vez por semana.
Após a captura, os cartões são enviados a um laboratório particular onde são analisados o DNA e RNA para saber se os mosquitos estão infectados com o vírus da dengue e qual a variedade.
É analisado ainda se o mosquito carrega os vírus de zika ou chikungunya, outras duas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Quando um mosquito é identificado com o vírus, a população do bairro é avisada, e um mutirão de limpeza e pulverização é feito em um raio de 200 metros de onde ele foi capturado.
As análises ficam disponíveis na internet para que todos os moradores tenham acesso.
“Antes, era preciso uma pessoa ser infectada para a gente pudesse intensificar o combate ao mosquito naquela área”, explica André Nader, secretário de Saúde de Santa Rosa de Viterbo.
“Hoje, nos antecipamos a isso e já intensificamos assim que o mosquito contaminado é identificado.”