Brasília
Atendimento de crianças com doenças respiratórias é ampliado na rede pública de saúde do DF
GDF tem colocado em prática o Plano de Enfrentamento para Doenças Respiratórias da Infância no Distrito Federal para ampliar o atendimento às crianças enfermas | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde
Hospitais ganharam mais leitos, enquanto UPAs de São Sebastião, Recanto das Emas e Ceilândia já contam com atendimento pediátrico 24h; quadro de profissionais também foi reforçado com nomeação de 26 pediatras.
A Secretaria de Saúde (SES-DF) ampliou a capacidade de atender crianças com doenças respiratórias para fazer frente ao acréscimo na demanda esperado para esta época do ano, quando há maior circulação de vírus causadores dessas enfermidades. A pasta tem colocado em prática o estabelecido no Plano de Enfrentamento para Doenças Respiratórias da Infância no Distrito Federal.
Segundo a referência técnica distrital em emergência pediátrica da SES-DF, Danielle Sampaio Lima, o período merece atenção. “Ainda em março, registramos aumento de casos respiratórios nas portas de emergências, ampliado por conta das ocorrências de dengue e de bronquiolite”.
Entre as ações já tomadas, o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) ganhou mais seis leitos pediátricos e no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) foram ativados mais 14 leitos de enfermaria para as crianças. Já as unidades de pronto atendimento (UPAs) em São Sebastião, Recanto das Emas e Ceilândia, administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), passaram a contar com atendimento pediátrico 24 horas.
A expansão do horário de atendimento de unidades básicas de saúde (UBSs), fundamental para o acolhimento de pacientes com dengue, também resultou na ampliação da assistência às crianças. Servidores lotados nessas unidades passaram por treinamentos. Já as equipes de portas de emergência dos hospitais foram capacitadas no início de fevereiro acerca dos procedimentos para receber pacientes pediátricos.
A SES-DF tem ainda investido no reforço de equipes. Houve o chamamento para contratação de 200 médicos generalistas temporários que vão atender todos os públicos, inclusive crianças. Além disso, houve a nomeação de 26 pediatras de carreira.
Casos graves
A diretora do Hmib, Marina da Silveira Araújo, diz que a unidade mantém o atendimento pediátrico 24 horas. A indicação, contudo, é levar as crianças com menor gravidade às UPAs ou às UBSs. “Estamos voltados ao tratamento de quadros graves. Logo, sintomas leves devem ser tratados nas unidades próximas de casa”, explica. O hospital materno irá trabalhar em coordenação com as UBSs para encaminhar crianças com quadros de baixa complexidade. “O importante é sempre oferecer tratamento”, avalia.
Palivizumabe
O DF também se destaca por ter ampliado a aplicação do palivizumabe, medicamento que favorece a prevenção contra doenças respiratórias graves até os dois anos de idade. A medicação é voltada a crianças menores de 2 anos com cardiopatia congênita ou adquirida em tratamento ou displasia broncopulmonar, além de todas as crianças de até um ano que nasceram com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias.
No início de fevereiro, foi iniciada a aplicação do medicamento no Hmib, no Hospital da Criança de Brasília (HCB) e nos hospitais regionais localizados no Guará, Paranoá, Planaltina, Sobradinho, Ceilândia, Taguatinga e Gama. A aplicação deve prosseguir até julho, período em que é esperada uma redução dos casos das doenças respiratórias entre o público infantil.