Bolsa tem alta de 1,7% e alcança o maior patamar da história
Ibovespa fecha aos 158,5 mil pontos com otimismo após prévia da inflação.
O Ibovespa realmente ignorou o pessimismo recente e cravou um novo recorde histórico nominal, fechando aos 158.555 pontos (+1,70%).
Para contextualizar por que o mercado reagiu com tanta euforia (mesmo com a inflação subindo um pouco), aqui está a “tradução” do que aconteceu no pregão de hoje:
1. O “Copo Meio Cheio” da Inflação (IPCA-15)
O dado que saiu hoje cedo (IPCA-15 de novembro subindo 0,20%) veio levemente acima do que alguns esperavam para o mês, mas o mercado olhou para a foto ampliada:
- A volta para a Meta: Com esse resultado, a inflação acumulada em 12 meses bateu 4,50%. Isso é crucial porque significa que ela voltou (no limite exato) para dentro do teto da meta do Banco Central.
- Leitura do Mercado: Investidores interpretaram isso como um sinal de que os juros altos (Selic) estão funcionando e que o Banco Central talvez não precise ser tão agressivo nas próximas reuniões quanto se temia. Isso destrava valor para a Bolsa.
2. O “Vento a Favor” do Exterior
Hoje foi véspera de feriado nos EUA (Thanksgiving), e o humor lá fora ajudou muito:
- Juros nos EUA: Cresceram as apostas de que o Federal Reserve (o BC americano) vai cortar os juros em breve. Quando os juros caem lá, o dinheiro dos investidores globais tende a migrar para mercados de risco e emergentes, como o Brasil.
- Dólar em Queda: Esse fluxo de otimismo fez o dólar cair cerca de 0,8%, fechando na casa de R$ 5,33, o que alivia a pressão sobre empresas brasileiras endividadas em moeda estrangeira.
3. Quem Puxou o Carro? (As Blue Chips)
Não foi uma alta isolada; as “gigantes” da Bolsa brilharam e carregaram o índice:
- Vale (VALE3): Subiu forte (~1,5%), ajudando muito no peso do índice.
- Bancos: Bradesco e Itaú tiveram altas expressivas (Bradesco PN subiu mais de 3%), surfando na onda de otimismo com a economia interna.
- Rumo (RAIL3): Foi um dos destaques percentuais de alta do dia.
Em resumo: o mercado hoje escolheu acreditar que o pior da inflação ficou para trás e que 2026 pode começar com um cenário de juros mais amigável do que o desenhado nas últimas semanas.



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