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Saúde & Bem-Estar

Cerca de 45 mil pessoas morrem por ano de infecção hospitalar no Brasil; maioria dos casos é evitável

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Lavar as mãos salva vidas. Medidas simples como essa são fundamentais para prevenir as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), que, segundo a Associação Médica Brasileira, matam cerca de 45 mil pessoas por ano no país.

E, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), 70% dos casos poderiam ser evitados com a adoção de algumas práticas.

“No Brasil, melhoramos muito em serviços de controle de infecções nos últimos 30 anos, mas elas ainda são um problema enorme no país, principalmente aquelas provocadas por bactérias extremamente resistentes”, diz o médico infectologista Carlos Starling, especialista em medicina preventiva e social com mais de 35 anos na lida contra as IRAS.

O médico destaca outro dado alarmante: na maioria dos hospitais, menos da metade dos profissionais de saúde higieniza as mãos quando necessário, atitude que seria essencial para prevenir as infecções.

“E isso após a pandemia de Covid-19, quando todos pensavam que os cuidados durariam para sempre,” declara o infectologista, que também ressalta um problema relacionado à formação desses profissionais.

“Poucas faculdades de medicina no país dedicam carga horária ao controle de infecções relacionadas à assistência à saúde.”

O especialista aponta que as quatro IRAS mais comuns no país são pneumonia associada à ventilação, infecção cirúrgica, infecção do trato urinário e infecção da corrente sanguínea.

“Com os cuidados adequados, essa última é evitável em quase 100% das vezes”, afirma o médico, que também é coordenador científico do Centro Nacional de Pesquisa Clínica e Tecnologia (CNPCT) do Sistema Unimed.

Starling explica que o público suscetível a infecções hospitalares “aumentou de forma exponencial” com o passar do tempo.

“Hoje, convivemos com pacientes com múltiplas comorbidades, os quais são mais idosos e necessitam ser submetidos a múltiplos procedimentos invasivos e intervenções cirúrgicas que não eram feitas no passado, além de tratamentos com drogas imunossupressoras contra doenças até então intratáveis.”

Além dos danos físicos aos infectados, as IRAS oneram os sistemas de saúde. “O custo do paciente tende a aumentar de dez a 20 vezes, porque o tempo de permanência deles dentro do hospital pode triplicar”, diz Starling.

O cenário exige uma resposta rápida dos profissionais de saúde, que, em evento on-line e gratuito, poderão aprender a como implementar e manter protocolos eficazes de prevenção às Infecções Primárias da Corrente Sanguínea.

O tema será discutido no Webinar Conecta Científico, promovido pela Faculdade Unimed em parceria com a Solventum, no próximo dia 30 de outubro, às 19h.

O assunto será abordado por profissionais como Carlos Starling; a mestre em enfermagem, professora e especialista em auditoria Aline Monzani; e o enfermeiro especialista em epidemiologia e prevenção de IRAS Márcio Melo.

O evento é ideal para enfermeiros de UTI, terapia infusional, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), gerência de enfermagem, médicos infectologistas que lideram ou fazem parte da CCIH, diretores médicos e auditores. As inscrições podem ser feitas por este link: https://unimed.me/mgrzat

Serviço

Tema: Webinar Conecta Científico “Desafios da Infecção Corrente Sanguínea: Melhores Práticas e Impacto Financeiro”

Data/horário: 30 de outubro, às 19h

Inscrições: https://unimed.me/mgrzat

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