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Coluna do Ricardo Viveiros

COLUNA DO RICARDO VIVEIROS

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AGOSTO MÊS DO DESGOSTO…

Sorte e azar são crenças que enfraquecem a autoestima, tiram a motivação para enfrentar adversidades comuns da vida e, de modo cômodo, são utilizadas para nos isentar da responsabilidade que temos em assumir e resolver problemas, enfrentar desafios. 

Sorte e azar não existem.

O que há são as consequências de nossos atos.

Tudo o que pensamos, fazemos e acreditamos tem o poder de causar reações positivas ou negativas – e isso não é sorte ou azar.

Quando alguém “dá certo na vida”, como é comum se dizer, foi porque estudou, investiu, dedicou tempo e inteligência para empreender, realizar, progredir.

Correu riscos.

Trabalhou duro e correto.

Não teve sorte, foi à luta e mereceu. 

Verdade que alguns nascem em condições estruturais diferenciadas.

Por outro lado, são cada vez mais os que, mesmo sem essa condição, lutam para superar limites.

Sonhar é um direito, e importante na vida.

E se é sonho, que seja o maior!

Sonhar pequeno é alcançar menor ainda.

Não se pode esperar pela sorte realizar nossos sonhos, e menos ainda ficar sofrendo pelo azar ter impedido alcançar objetivos.

Meras suposições.

Sorte é trabalhar, com ética, planejamento, criatividade, estratégia e empenho.

Azar é ser covarde, indiferente, desinteressado, inerte.

Não dá certo acreditar que, sem nenhum esforço, o destino irá lhe ajudar, fazer por você, atrair resultados que não têm origem no seu próprio esforço.

Ninguém pode confiar em mudança, sem mover nada para tanto.

Quando alguém acha que faria melhor no lugar do outro, por que não aproveitar para fazer no seu próprio lugar?

Em geral, quem reclama muito e faz supostas críticas “construtivas”, nunca construiu nada.

Há quem acredite em sorte e azar envolvendo situações e animais.

Por exemplo, sexta-feira quando cai no dia 13 ou passar embaixo de uma escada trariam azar. Já um pé de coelho daria sorte, quando na verdade foi azar do pobre animal.

A raposa, desde o Império Inca, é tema de crenças populares – acredita-se que é uma criatura ardilosa, falsa.

Dar três pulinhos para São Longuinho faria encontrar objetos perdidos.

Comer lentilhas na passagem de ano traria dinheiro.

No Brasil, o cachorro-do-mato é tido como um “animal diabólico”, símbolo de coisas ruins.

E por aí vão as superstições, amuletos, costumes para atrair a sorte e fugir do azar. 

A ciência estuda tudo isso há milhares de anos.

O psicólogo britânico Richard Wiseman, fez aprofundada pesquisa sobre sorte e azar, o que considerou “fenômenos”.

Ficou conhecido pela análise sempre cética e como desenganador da paranormalidade.

O interessante é que suas pesquisas revelam padrões particulares que os sortudos e os azarados têm no comportamento, estilo de vida e mentalidade.

Segundo ele, ter sorte ou azar não tem relação com misticismos, mas sim com atitudes positivas e negativas.

Wiseman mostra que as pessoas de sorte tendem à “mente aberta”, são criativas, positivas, atuantes, têm elevada autoestima.

Já as de azar são inseguras, acomodadas, negativas, ansiosas, tensas.

Fica claro que atitudes afetam as decisões que determinariam sorte ou azar.

Ações geram as oportunidades que uns aproveitam e outros não, por consequência estabelecendo a falsa ideia de que há influências esotéricas em nossas vidas.

Segundo o empresário norte-americano Thomas Edison:

“A maioria das pessoas deixa a oportunidade escapar, porque ela veste macacão e tem aparência de trabalho”.

Ele próprio, conhecido apenas pela invenção da lâmpada, não ficou só nessa criação.

Saiu do “mais do mesmo” e nos deu outras importantes descobertas: gravador de som, câmera de cinema, embalagem à vácuo dentre outras. 

Não acredite em nada que não seja a mais pura realidade, porque dá azar acreditar na sorte…

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