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Coluna do Ricardo Viveiros

COLUNA DO RICARDO VIVEIROS

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PRÁ NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DO PRIMEIRO DEBATE

Assisti ao primeiro debate com vistas à eleição deste ano para a prefeitura de São Paulo, tradicionalmente promovido pela Rede Bandeirantes de Televisão, com o cuidado atento que cabe ao jornalista.

E ao cidadão, ao eleitor na cidade de São Paulo. 

Pablo Marçal é um péssimo exemplo de respeito e liberdade democrática, condição que considero indispensável a um país.

 
Ou seja, a democracia permite que um despreparado, sem cultura e educação, grosseiro, desconhecendo totalmente os problemas da cidade, seja candidato a prefeito dela. 

Ele é tão desastroso como ser humano quanto o inominável, inelegível, inescrupuloso que (des)governou o País recentemente – um de seus ídolos. 


Datena demonstrou desconhecer os problemas da cidade, bate e rebate apenas no tema que parece conhecer: segurança.

A rigor, responsabilidade do Estado e não do município.

E igualmente histriônico, comporta-se fora do respeito à liturgia que o cargo exige. 

Portanto, temos três candidatos que restaram: Tabata, Boulos e Nunes.

 
No debate de ontem, Tabata demonstrou ter os requisitos básicos de conhecimento, seriedade, determinação e compromisso com os eleitores no enfrentamento das questões básicas e complexas.

Muito além de sua trajetória, de superação e brilho acadêmico, demonstrou na prática estar preparada para os desafios de uma das maiores cidades do planeta.

Boulos também demonstrou ser capaz, conhecer os problemas que transcendem sua sempre questionada origem abastada e residência na periferia.

Mas, preocupa um pouco ao parecer oportunista em alguns momentos de suas narrativas.

Foi objetivo, entretanto jogou para um futuro apoio de Datena, algo controverso, em sua possível ida ao segundo turno. 

Nunes, por fim, tem seus problemas de indefinição ideológica e questionamentos quanto à ética na administração. 

Já no cargo conhece bem os dados, e cuidou de fazer sua propaganda.

Em especial, porque atacado por todos os demais concorrentes.

Em certos instantes, quando nos intervalos levantei para ir beber água, ao voltar me pareceu — por um instante — que alguém havia mudado de canal e meu televisor estava sintonizado no SBT, no popular programa “A praça é nossa”…


Esses momentos foram os que deram voz a Marçal e a Datena.


Como disse no início, a democracia permite tais tipos de candidatos.

E que bom estarmos numa democracia!!!


Agora, é conhecer com atenção o que não foi apresentado nesse primeiro debate: os programas de governo de cada um, e como irão realizá-los.

Porque não bastam as boas ideias, é preciso que sejam viáveis! 

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