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“Entre a Comédia e o Drama: Os Desafios de Administrar Heranças para Menores e Incapazes.”

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Bem vindo de volta, caro leitor, em mais uma jornada pelo labirinto do planejamento patrimonial!

A coluna anterior você pode acessar no seguinte link (https://bsnoticias.com.br/dividas-no-alem-quando-herdeiros-transformam-herancas-em/)

Se você pensou que a trama da herança já tinha nos oferecido reviravoltas suficientes, prepare-se para o próximo capítulo: quando os herdeiros são menores de idade ou incapazes, o palco da vida se transforma numa verdadeira sala de espera judiciária.

Imagine que você, no papel de diretor dessa peça, decide (ou os céus decidem) deixar seu legado nas mãos inocentes de seus filhos ou de alguém que, por algum motivo, não pode administrar plenamente seus bens.

A cena seguinte, acredite, poderia ser escrita por Kafka: um patrimônio imobilizado, como se fosse envolto em uma teia de aranha burocrática, onde cada movimento precisa da benção de um juiz e do olhar atento do promotor de justiça.

Ah, e não se esqueça do roteiro alternativo: ser sócio dos próprios filhos pode parecer uma comédia, mas as chances de se transformar em drama são altíssimas.

Isso mesmo! O cônjuge sobrevivente se torna sócio dos filhos no patrimônio que era apenas seu e do falecido!

A questão se complica ainda mais quando, na tentativa de proteger esse patrimônio, você opta por doá-lo aos seus herdeiros menores ou incapazes.

O que deveria ser um ato de generosidade e previdência transforma-se no ato de travar o patrimônio, deixando-o tão inacessível quanto um tesouro em uma ilha deserta, protegido por um enigma indescritível.

Não me interpretem mal, não estamos falando de um simples jogo de tabuleiro onde é possível dar uma volta atrás.

A iliquidez do patrimônio torna-se um monstro que espreita, pronto para complicar não só a vida dos herdeiros, mas também de quem permanece no palco, administrando o legado.

É como se, ao tentar passar o bastão, você se visse preso a ele, incapaz de seguir adiante ou de voltar atrás.

Assim, enquanto navegamos por estas águas turbulentas, lembre-se da importância de contar com um bom roteiro, ou melhor, um planejamento patrimonial sólido.

Ele é o mapa do tesouro que guiará você e seus herdeiros por entre as armadilhas e os desafios, garantindo que o patrimônio familiar não se torne uma peça de museu, admirável, mas intocável.

Portanto, antes de dar o próximo passo na direção de uma herança para menores ou incapazes, considere os possíveis cenários.

Assim, sua herança não se transformará em um episódio de “Quem quer ser um milionário?”, onde as perguntas são muitas e as respostas, bem, dependem de tantos fatores que até um simples “sim” ou “não” requer uma audiência com o juiz.

Fique atento para o próximo ato desta saga. Em duas semanas trataremos de antecipação de herança. E para quem quiser se aprofundar no tema – https://www.w1.com.br/w1-holdings

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