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Fause Haten discute a sina do artista em solo baseado em ato monstruoso de Francis Bacon

Eu sou um Monstro cumpre curta temporada no Sesc Pompeia discutindo a ambição artística desmedida

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Chegou ontem à área de convivência do Sesc Pompeia, em Pompeia, região oeste da capital, Eu Sou um Monstro , espetáculo em que o ator, diretor, figurinista e dramaturgo Fause Haten dá vida ao pintor irlandês Francis Bacon (1909-1992) para retratar uma das passagens mais controvertidas de sua vida e trajetória artística.

Em 1971, o artista se preparava para abrir sua primeira exposição retrospectiva no Grand Palais des Beaux-Arts, em Paris, com suas obras mais importantes e, momentos antes, se deparou com o corpo de seu namorado, George Dyer (1934-1971), no quarto do hotel em que estavam hospedados. Dyer morreu após uma overdose de remédios para dormir e abuso de álcool.

Decidido a não deixar que nada atrapalhasse seu grande momento, Bacon deixou o corpo do namorado exatamente onde o encontrou até que finalizasse o evento de lançamento da exposição.

Essa passagem na biografia do artista inspirou Fause Haten a escrever um conto que depois se desdobraria em Eu Sou um Monstro , no qual o artista discute temas como a ambição e até onde vai a fixação de um artista por suas criações.

A montagem acontece na área de convivência do Sesc Pompeia e traz como cenário algumas obras de arte que são discutidas num primeiro momento em diálogo entre ator e plateia e servem como foco da encenação assinada por Hatem com cenografia de Carol Bucek.

Eu Sou um Monstro cumpre curtíssima temporada apenas até o dia 14 de abril, domingo, com sessões de quinta-feira a sábado às 21h30 e aos domingos às 18h30. Os ingressos custam de R$ 20 (meia) a R$ 40 (inteira).

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