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BH e Região Metropolitana

FIQ transforma BH na capital do maior festival de quadrinhos da América Latina

Belo Horizonte se torna a Capital dos Quadrinhos com a chegada do maior evento de arte sequencial da América Latina De 22 a 26 de maio de 2024, o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte (FIQ BH), da Prefeitura de Belo Horizonte, chega à sua 12ª edição, em parceria com o Instituto Periférico, e traz programação diversificada e gratuita, composta por mesas-redondas, feira de quadrinhos, oficinas, exposições, exibição de filmes, sessão de autógrafos, debates, duelos de HQs e rodada de negócios

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Belo Horizonte se torna a Capital dos Quadrinhos com a chegada do maior evento de arte sequencial da América Latina. De 22 a 26 de maio de 2024, o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte (FIQ BH), da Prefeitura de Belo Horizonte, chega à sua 12ª edição, em parceria com o Instituto Periférico, e traz programação diversificada e gratuita, composta por mesas-redondas, feira de quadrinhos, oficinas, exposições, exibição de filmes, sessão de autógrafos, debates, duelos de HQs e rodada de negócios. Este ano, o festival vai reunir, no Minascentro, cerca de 400 artistas brasileiros e internacionais. A partir do recorte curatorial “Onde cabem os quadrinhos?”, o festival traz à capital mineira expoentes das HQs, vindos de 22 estados do Brasil (e Distrito Federal) e de mais seis países, ampliando as trocas de experiências entre profissionais do setor, pesquisadores e públicos diversos, e reafirmando a relevância do festival como o maior do gênero na América Latina.

O FIQ BH integra a política de festivais desenvolvida pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, que tem como diretrizes a democratização do acesso à arte e à cultura, a promoção de produções artísticas e culturais locais e a formação de público. Há 25 anos, a PBH realiza o FIQ BH dentro de uma política de valorização da arte sequencial e, ao longo deste tempo, o Festival cresceu, sendo hoje o maior da América Latina e tendo ações continuadas, consolidando uma política pública no setor.

Referência para quadrinistas de todo país, o FIQ BH, destaca-se também por compreender as diversas etapas da relação entre mercado, público e artistas, estreitando os caminhos tanto para a aproximação de editoras e criadores, como o contato entre os produtores de quadrinhos e o consumidor final. Neste ano, 266 mesas compõem a feira de quadrinhos, com exposição e venda de publicações de quadrinistas nacionais e internacionais. A programação completa pode ser acessada no site do FIQ BH.

O FIQ BH é uma realização da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Periférico. Tem o patrocínio da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e conta com o apoio das Embaixadas da França, da Noruega e da Embaixada da Espanha e do Instituto Cervantes; do Consulado Geral da Itália em Belo Horizonte e da Fundação Torino; das editoras Conrad, Hipotética e JBC; das escolas Casa dos Quadrinhos, Inko e Quanta Academia de Artes; da Prado´s Art & Design e do Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte. A Rodada de Negócios é realizada em parceria com o Sebrae Minas.

O FIQ BH 2024 começa no dia 22 de maio com várias atividades durante o dia. A abertura oficial será a partir das 17h, em que estarão presentes curadores, profissionais dos quadrinhos, parceiros e autoridades.

Ao longo da programação, que segue até 26 de maio, o festival recebe vários convidados. Participam das mesas e das sessões de autógrafos os convidados internacionais Paolo Bacilieri (Itália), Jenny Jordahl (Noruega), Zoe Thorogood (Reino Unido), Ángel de la Calle (Espanha), Maco (Uruguai) e o franco-brasileiro Matthias Lehmann, e ainda 93 artistas naturais de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas, Amapá, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, e o Distrito Federal.

Em homenagem póstuma a grandes representantes do universo das HQs, as salas e o auditório que vão acolher a programação do FIQ deste ano, recebem os nomes: Auditório Ziraldo, Praça de autógrafos Carol Cospe fogo, Mesas de artistas (ala Paulo Caruso), Mesas de artistas (ala Lobo Borges), Sala de oficinas (Roberto Negreiros), Sala de oficinas (Ykenga) e Praça: Rubens Francisco Lucchetti.

Neste ano, a ilustradora convidada, que dá o tom à identidade visual do festival, é Ing Lee (BH/MG) – artista visual coreano-brasileira, surda oralizada, residente em São Paulo, e graduada em Artes Visuais pela UFMG. Em 2018, ingressa no mundo dos quadrinhos e da ilustração, assinando capas de livros para editoras renomadas e conquistando reconhecimento internacional no FIQ 2022 e na Bienal de Quadrinhos de Curitiba (2020). Sua primeira HQ solo, “Karaokê Box”, foi publicada pela revista Piauí em 2019. Ela também assina a ilustração da capa do conhecido best sellers “Amêndoas”, da quadrinista sul-coreana Won-pyung Sohn (ed. Rocco).

A secretária municipal de Cultura Eliane Parreiras destaca a importância do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte e celebra sua 12ª edição: “O Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte reafirma o compromisso do Prefeito Fuad Noman na implementação das políticas públicas do município para o setor. O FIQ BH é um ponto de convergência entre o público, os profissionais e os pesquisadores do campo dos quadrinhos, proporcionando um ambiente propício para a interação e o intercâmbio de experiências artísticas, formativas e reflexivas sobre a linguagem da arte sequencial. Desde a sua concepção, o FIQ BH tem desempenhado um papel fundamental na formação e no impacto sobre múltiplas gerações de artistas de quadrinhos na cidade. A continuidade desta iniciativa, mediante uma programação diversificada e inteiramente gratuita, reforça a política pública cultural estabelecida pela Prefeitura, fundamentada na premissa da democratização do acesso à arte e à cultura”, afirma.

Gabriela Santoro, diretora-presidente do Instituto Periférico – que tem suas ações pautadas em projetos e iniciativas que promovem a diversidade cultural e o desenvolvimento humano -, comenta sobre o atual cenário do mercado de quadrinhos frente à transformação digital: “Entendemos que esse mercado sofreu muitas adaptações no contexto das plataformas digitais, principalmente quanto à distribuição. Essa transposição, de um mundo físico das bancas de revista para a cena virtual, trouxe dinamização na circulação e comercialização das HQs, além da renovação e diversificação no público de leitores, sem falar no crescente número de seguidores de quadrinistas e ilustradores. Hoje assistimos a um movimento diferente: num panorama em que as bancas de revista são espaços cada vez mais raros, e temos um alto consumo dos quadrinhos primeiro pela internet, o FIQ vem como possibilidade de vivenciar as trocas presencialmente com autores nacionais e internacionais. E ainda conhecer e experimentar o contato físico com as obras”.

Tema do festival: “Onde cabem os quadrinhos?”

Com curadoria da jornalista e quadrinista baiana Amma e do psicólogo mineiro e pesquisador da representação social do feminino em histórias em quadrinhos Lucas Ed., e a coordenação artística de Afonso Andrade, Gabriel Nascimento e Yuri Mesquita, a 12ª edição do FIQ BH apresenta o tema “Onde cabem os quadrinhos?”, que irá permear as mesas-redondas, debates e conversas da programação.

A proposta é discutir as noções de espacialidade no universo das HQs a partir da provocação em torno da palavra caber: “Vamos lançar o olhar para questões que cercam os quadrinhos e seus espaços, sejam narrativos, sociais, de venda, de circulação e afins. Afinal, existe um lugar para quadrinhos? E quais lugares e temáticas as páginas de uma HQ podem comportar? Todo plural é pouco para descrever as histórias em quadrinhos. A linguagem já foi odiada, censurada, elogiada e explorada em toda a sua diversidade. Afinal, onde cabem os quadrinhos: existe um lugar, espaço ou tema que os pré-determine?”, contextualiza Gabriel Nascimento.

Artistas homenageados

Outro destaque da programação é a presença dos artistas homenageados. A gaúcha Ana Luiza Koehler, ilustradora e mestre em arquitetura, que já participou de várias edições do FIQ, inclusive como curadora, se destaca, desde 1993, no mercado editorial impresso e digital, na produção de histórias em quadrinhos e na ilustração científica no campo da arqueologia. Entre os trabalhos mais relevantes está sua pesquisa de mestrado sobre becos, que resultou na HQ “Beco do Rosário”, em que narra a modernização de Porto Alegre, na década de 1920. A obra foi agraciada com quatro troféus HQMix, em 2021.

Alves é o outro homenageado: talentoso e premiado cartunista, também assina como quadrinista, ilustrador, poeta e mestre em Geografia pela UFMG, sendo autor de vários livros, como “A Rua de Lá” (Ed.Grafitti, 2012), “Cerrado em Quadrinhos” (Ed. Peirópolis, 2024), “Lobo-Guará & Lobeira” (Amazon, 2020) e “Material Poético” (Ed.Brasa, 2023). Ao longo de sua carreira, publicou quadrinhos, charges, ilustrações e cartuns em diversas revistas nacionais e internacionais. Conquistou os principais salões de humor do Brasil, e entre as exposições, destaque para “Sertrangênicos & Cerrado em Quadrinhos”, em que aborda questões socioambientais do cerrado. É considerado um dos cartunistas brasileiros mais premiados, com mais de 50 prêmios em eventos como Knokke-Heist (Bélgica), Salão Carioca, FIHQ-Pernambuco, Caratinga e Volta Redonda.

Os artistas homenageados recebem a exposição “Do Beco ao Cerrado: o espaço reimaginado de Ana Koehler e Alves”. Em um ambiente cuidadosamente planejado, o público terá a oportunidade de imergir na atmosfera do início do século XX, refletida no delicado espaço urbano da obra de Ana, enquanto também contempla a vastidão poética da paisagem do Cerrado de Alves. A fusão de estilos e temáticas proporciona convida a refletir sobre a intersecção entre passado e presente, natureza e cidade, através das lentes da arte e da narrativa visual.

Esta exposição, assim como parte da programação do 12º FIQ BH, tem o patrocínio da Cemig. A diretora de Comunicação e Sustentabilidade da empresa, Cristiana Kumaira, ressalta a importância do festival para o setor e para a cidade. Ela também destaca a relevância da iniciativa para os diferentes públicos que participam do evento. “Para nós da Cemig, como a maior patrocinadora da cultura em Minas Gerais, é uma alegria incentivar o Festival Internacional de Quadrinhos e contribuir para a realização desse encontro tão tradicional. O FIQ é uma grande oportunidade para aproximar as crianças e os jovens do universo da leitura, das múltiplas histórias e desse cenário de estímulo à escrita, desenho e produção artística”, comenta.

Ação Vale-Livro amplia a formação de público e acessibilidade

Iniciativa criada para ampliar o acesso à leitura e ao universo dos quadrinhos, a ação do Vale-livro está de volta nesta edição. Agora, em 2024, a previsão é de que cerca de 3 mil alunos de escolas públicas municipais de Belo Horizonte e aproximadamente 300 professores tenham acesso ao vale-livro: a política pública é ofertada a escolas cadastradas previamente. A proposta é que crianças, adolescentes e seus educadores possam trocar o vale por quadrinhos, livros e todo tipo de material de leitura presente nas mesas de artistas e estandes durante o evento. Para visitas, é necessário agendamento prévio das escolas.

Para o Secretário de Educação, Bruno Barral, a parceria entre a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte e a Secretaria de Cultura para o Festival Internacional de Quadrinhos é um marco significativo na promoção da leitura e da cultura entre crianças e jovens: “Ao unir esforços, essas instituições demonstram um compromisso conjunto em oferecer oportunidades enriquecedoras de aprendizado e entretenimento. O festival não apenas celebra a arte dos quadrinhos, mas também estimula o hábito da leitura, incentivando a imaginação e o pensamento crítico. O vale livro é muito importante para incentivar a formação de novos leitores, além de dar a autonomia para estudantes escolherem qual quadrinho vão comprar. É uma alegria, para nós da Secretaria de Educação, trabalhar para garantir o acesso de nossas crianças e jovens às exposições, palestras e contato com mais de 400 artistas que tornam o FIQ um grande evento já consagrado na capital”, celebra.

FIQ BH 2024 em números

22 mesas de debates
6 convidados internacionais
22 estados brasileiros e Distrito Federal
93 convidados locais e nacionais
266 mesas de artistas
400 artistas, aproximadamente, na feira
15 editoras na rodada de negócios
150 artistas inscritos para a rodada de negócios
22 horas de oficinas livres
11 oficinas de formação/Master Classes
10 sessões de filmes
3 exposições
16 estandes
1,5 mil profissionais envolvidos

DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO

Mesas-redondas, debates e bate-papos – convidados nacionais e internacionais
Local: Auditório Ziraldo

Não faltam destaques na programação das mesas-redondas, debates e bate-papos. No primeiro dia de festival, quarta-feira (22), às 13h, abre com a mesa “Quadrinho [é/não é] cinema/literatura/livro ilustrado” que inaugura o festival com discussões sobre qual o limite entre as linguagens artísticas, com participação de Piero Bagnariol (MG), Daniel Bretas (MG), Veronica Berta (MG), Laura Jardim (MG), sob mediação de Liber Paz.

Na quinta-feira (23), a partir das 19h, destaque para “Rap e Quadrinhos”. Sob condução do músico e jornalista Roger Deff (MG), Guilherme Match (PR) – quadrinista e ilustrador com influências do cyberpunk, dos mangás e do streetwear – e seu parceiro MC Rashid (PR), conversam sobre a presença do rap no mundo dos quadrinhos.

Convidados internacionais – No sábado (25), às 11h, com mediação de Gabriel Nascimento, Ángel de La Calle (Salamanca / Espanha) e Paolo Bacilieri (Verona/Itália) participam da mesa “Desenhando a política do Século XX”, com discussões sobre o movimentado período histórico e os desafios em representar suas tramas sociais, culturais e políticas. Reconhecido por traços como vitalidade e sensualidade, Paolo Bacilieri é hoje um dos quadrinistas mais originais e ousados da cena italiana. Com 45 anos de trajetória, Ángel de la Calle (ESPANHA) assina publicações históricas nas revistas El Víbora, Comix Internacional e Heavy Metal. Em 2023, lança o livro Modotti – Uma Mulher do Século Vinte, vencedor de diversos prêmios e publicado em muitos países, inclusive no Brasil.

Também no sábado, às 16h, a norueguesa Jenny Jordahl participa da mesa “O desafio de ilustrar livros políticos: representações feministas e históricas nos quadrinhos”, sob mediação de Angélica Kalil e Amma. A artista propõe reflexão sobre o papel dos quadrinhos na disseminação de ideias políticas e sociais a partir da desconstrução de estereótipos de gênero e o resgate de figuras históricas femininas.

Jenny Jordahl (Noruega) é ilustradora, designer, blogueira e cartunista. Em 2017, estreia na literatura infantil com a obra Hannemone e Hulda e, em 2015, publica o premiado livro F-ordet. 155 grunner til å være feminist (Mulheres na Luta) – sucesso internacional com tradução para 28 línguas até 2024.

Seis décadas após o fim do golpe civil-militar de 1964, na mesa “Ditadura nunca mais! Quadrinhos e os 60 anos do golpe civil-militar”, autores e autoras refletem sobre a importância de não deixar esquecer – para nunca deixar repetir. A mesa acontece no dia 25.05, sábado, às 19h, e conta com a presença do quadrinista, pintor e ilustrador Matthias Lehmann (Franco-Brasileiro), da quadrinista e ilustradora mineira Julhelena, famosa por seu humor com narrativas em preto e branco -, e ainda, LOR – cartunista, desde 1973, premiado em diversos salões de humor.

Um dos nomes mais falados dos quadrinhos da atualidade,Zoe Thorogood (Reino Unido) é vencedora do prêmio Russ Manning de Novato mais promissor (2023). No mesmo ano, lança no Brasil seu HQ de estreia, A Cegueira Iminente, de Billie Scott. Publica agora, em 2024, sua primeira graphic novel autobiográfica, em que narra seis meses de luta contra a depressão. No dia 26.05, domingo, às 14h30, a artista participa da mesa “Jornada criativa com Zoe Thorogood”, mediada pela jornalista e quadrinista Gabriela Gullich.


Mostra de cinema e exposição

A mostra de cinema traz obras focadas tanto na temática geral do evento quanto na interseção dos quadrinhos com o mundo da animação. As exibições acontecem gratuitamente no Cine Santa Teresa e as sessões são dedicadas a crianças, adultos e pessoas idosas. Entre os já confirmados estão “Cidade Pirata”, “Bob Cuspe Sbornia” e “Menino Maluquinho” 1 e 2.

As artes visuais também estão contempladas em exposição que destaca a trajetória dos artistas homenageados. “Do Beco ao Cerrado: o espaço reimaginado de Ana Koehler e Alves” propõe encontro fascinante entre dois estilos artísticos completamente distintos. Sejam os modos perdidos das grandes cidades, seus sonhos cobertos por vias cada vez mais largas de concreto e asfalto; sejam as ricas paisagens do cerrado, ou o modo de vida poético das pequenas coisas, que só olhos treinados conseguem ver.

Cada um a seu estilo, cada um em seu cenário, como a Sankofa, reivindicam a urgência de olhar o passado – não necessariamente um passado temporal, mas aquilo que, sob o imperativo do progresso, da marcha da história, deveríamos deixar para trás. A montagem propõe uma arqueologia às avessas: a ideia não é escavar para encontrar novos conhecimentos antigos, mas sobrepor, adicionar camadas de modo a deixar claro que o presente não supera o passado, mas que o passado integra, de maneira inexorável, aquilo que chamamos de presente.


Oficinas Livres e Masters Classes

Outro viés sempre importante para o evento, as oficinas oferecem atividades voltadas tanto para a formação de público quanto para a prática dos quadrinhos. A 12ª FIQ BH conta com oficinas livres, gratuitas, para todas as idades, com o objetivo de despertar a curiosidade e o interesse artístico pelo mundo dos quadrinhos, a partir de atividades ligadas à prática do desenho. Para participar, basta fazer o agendamento presencial uma hora antes da atividade, no local do evento.

Nesta edição, também são ofertadas oficinas profissionalizantes ou masterclasses (gratuitas, porém com inscrição prévia pelo site portalbelohorizonte.com.br/fiq.) que se destinam a artistas e profissionais da área. São ao todo 11 oficinas diferentes ministradas por convidados do evento: “Narrativa e Cores”, com Cris Peter (RS); “Quadrinhos para Redes Sociais”, com Helô D’Angelo (SP); “Narrativa em quadrinhos”, com Ronan Cliquet (SP); “Como fazer quadrinhos longos”, com Thiago Souto (SP); “Mangá e o Ki-Shô-Ten-Ketsu”, com Max Andrade (MG); “Movimento é vida”, com Hiro Kawahara (SP); “Lançando seu quadrinho sozinho!”, com Lila Cruz (BA), “Quadrinhos e Audiodescrição: encontro de duas artes” com Edward Ramos (MG) e Su Nascimento (RO); “Mercado e Portfólios”, com Joe Prado (SP); “Narrativa de Quadrinhos”, com Ronan Cliquet; “Conservação e pequenos reparos em revistas e livros”, com Natércia Pons (MG); “Criação de personagens”, com Thiago Krening (SP).


Rodada de Negócios – Artistas mais próximos das editoras

A Rodada de Negócios é uma ação do FIQ BH que propõe aproximar artistas e editoras. Os encontros, que vão ocorrer nos dias 22 e 23 de maio, quarta e quinta, são organizados com o objetivo de ampliar o networking profissional, oferecendo aos quadrinistas a oportunidade de apresentarem os seus projetos às editoras convidadas.

A iniciativa destina-se aos profissionais e projetos inscritos previamente e já selecionados pela organização do FIQ BH. Ao todo, participam, desta edição, 15 editoras e mais 150 artistas inscritos.

São encontros com 10 minutos de duração, quando o trabalho passa por uma avaliação das editoras. O espaço conta, ainda, com a presença de dois representantes de estúdios de animação, que poderão buscar tanto por profissionais como por ilustradores, roteiristas e histórias que podem ser adaptadas para o audiovisual. A atividade permite que artistas dos mais diversos cantos do país tenham seu trabalho avaliado por agentes e editoras, em uma oportunidade rara de receber um retorno qualificado do que se está produzindo.

Feira de Quadrinhos

Ocupando um espaço crescente a cada edição, a Feira de Quadrinhos é formada por Mesas e Estandes de artistas e editoras, em que os quadrinistas, de todo o Brasil, expõem seus trabalhos. É uma oportunidade para aproximá-los dos consumidores de suas obras e produtos. Para os frequentadores do evento é a chance de conhecer pessoalmente artistas que já são reconhecidos, e, também, um ambiente propício para conhecer e se surpreender com novos quadrinistas.


Sobre o FIQ BH

Em 1997, quando Belo Horizonte comemorou seu primeiro centenário, a capital foi sede de diversos eventos e homenagens. Um deles, em especial, chamou a atenção de todos, com convidados nacionais e internacionais de renome, transformando BH, pela primeira vez, no maior ponto de encontro latino-americano de HQs. Era a 1ª Bienal de Quadrinhos, realizada nos espaços nobres e históricos da Serraria Souza Pinto.

A partir de 1999, rebatizado como Festival Internacional de Quadrinhos – FIQ, o evento configurou-se como referência obrigatória para os quadrinistas e hoje pode ser considerado o principal do gênero na América Latina.

A edição mais recente do FIQ BH, realizada em 2022, recebeu mais de 40 mil pessoas. O festival é um espaço de encontro entre profissionais e de troca de experiências artísticas e pedagógicas relacionadas à linguagem da arte sequencial. Além das diversas atividades oferecidas, artistas acadêmicos convidados estimulam a capacitação de profissionais e incentivam a formação de jovens quadrinistas.

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