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Globo Repórter mostra como as mudanças climáticas extremas estão afetando o Brasil

A repórter Graziela Azevedo e equipe voltam à estrada, rumo ao Vale Taquari e mostram a destruição causada pelas enchentes no RS

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Nesta sexta-feira (10), o Globo Repórter vai mostrar como o clima extremo anda afetando a saúde e vida dos brasileiros por todas as regiões do país. Na Amazônia, a seca extrema. No Cerrado, os biomas ameaçados com nascentes e vegetação nativa em perigo. No sul, as inundações históricas que assolam o Rio Grande do Sul . O programa será exibido logo após o capítulo da novela Renascer .

Há cerca de um mês, a equipe do programa esteve no Rio Grande do Sul e encontrou pessoas que ainda estavam se recuperando das chuvas do ano passado, quando viram, pela primeira vez, o Rio Taquari transbordar. No Globo Repórter desta sexta-feira, a repórter Graziela Azevedo e equipe voltam à estrada, rumo ao Vale Taquari e encontram, na cidade de Muçum, moradores que, mais uma vez, perderam tudo e tentam se recuperar da terceira enchente em menos de um ano. Com a destruição das estradas e bloqueio dos trajetos devido às inundações, a equipe precisou voar até Chapecó, em Santa Catarina, descer de carro até Passo Fundo e percorrer mais algumas horas de viagem até chegar à Muçum.

Na Amazônia, as imagens da mortandade de botos no Lago Tefé chocaram o Brasil e assustaram o mundo. Em setembro de 2023, com a seca histórica, a temperatura do lago subiu e causou a morte de mais de 200 botos e o isolamento de diversas comunidades ribeirinhas. A repórter Graziela Azevedo e equipe vão à Amazônia acompanhar o trabalho de pesquisadores que monitoram o Lago Tefé e conversam com ribeirinhos que jamais viram algo parecido na região. Especialistas alertam que vivemos um período muito preocupante com o aquecimento generalizado.

O programa mostra iniciativas para preservação das florestas e conta o que diz a ciência e a sabedoria dos povos originários. Ailton Krenak, líder indígena, ambientalista e filósofo, fala sobre a importância da conscientização. “No século 20, as comunidades humanas não tinham consciência de que eles podiam fazer um dano na natureza. No século 21, essa consciência é quase geral. O paradoxo é que, mesmo assim, nós não fizemos nada para melhorar. A gente só fez para piorar. É por isso que nós estamos tendo um aquecimento chamado aquecimento global”.

As veredas são o oásis do Cerrado. Porém, ao chegar na Estação Ecológica de Águas Emendadas, no extremo nordeste do Distrito Federal, a equipe se depara com um cenário desolador. A reportagem registra o desaparecimento de veredas fundamentais para o abastecimento de água no centro oeste agrícola. O Cerrado tem uma grande importância para regar o país e alimentar muita gente, mas o bioma já perdeu metade da mata nativa para o desmatamento. Um dos grandes desafios da agricultura e da pecuária é conciliar as atividades de produção com a preservação e a restauração da natureza. O programa mostra iniciativas de reflorestamento e restauração de lavouras e pastagens degradas.

“A natureza generosa, que garante o único planeta com vida que conhecemos, está mandando um recado que precisamos ouvir já. Os eventos climáticos extremos, que estão devastando cidades, regiões inteiras e tantas vidas, é também resultado de devastações provocadas pela mão humana. Por mais de um mês viajamos por biomas brasileiros que, de norte a sul, sofreram grandes impactos climáticos. A tristeza é imensa. Os prejuízos causados pelos eventos extremos são gigantescos. Mas há chance de corrigir o rumo e evitar que a situação se agrave ainda mais. O esforço precisa ser grande, mas o lindo planeta que também vamos mostrar neste ‘Globo Repórter’ merece “, afirma a repórter Graziela Azevedo.

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