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BH e Região Metropolitana

Mostra infantil de cinema tem sessões cheias durante o Festival do Clima

O segundo dia de Festival do Clima, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, teve início com curtas dedicados ao público infantil, na “Mostrinha Natureba” Diferentes escolas da rede municipal levaram os pequenos que cantaram, divertiram-se e aprenderam um pouco mais sobre o meio ambiente

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O segundo dia de Festival do Clima, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, teve início com curtas dedicados ao público infantil, na “Mostrinha Natureba”. Diferentes escolas da rede municipal levaram os pequenos que cantaram, divertiram-se e aprenderam um pouco mais sobre o meio ambiente. A programação gratuita do Festival do Clima vai até domingo (9), no Parque Municipal, em outras áreas verdes e equipamentos da cidade. Confira as atividades.

A primeira sessão contou com uma seleção de sete curtas, que exploraram de forma diferenciada e lúdica a importância dos cuidados com os recursos naturais. “Achei a sessão incrível. O filme que mais gostei foi ‘A menina e o mar’ porque ela foi muito criativa para encorajar o menino a entrar no mar. É importante esse tema porque tem muita gente que joga poluição no mar, no rio, e isso é errado, não pode”, reforça Ester Rodrigues Silva, 9 anos.

Os processos de reciclagem e separação correta do lixo, apresentados na animação “Felícia e os Super-Resíduos do Bem”, também foram muito elogiados pelos participantes. A história de aventura apresenta a luta de heróis contra vilões na busca pela sustentabilidade.  “O filme que mais gostei foi o que mostra a menina reciclando, que é uma ação boa para a cidade. É importante cuidar do meio ambiente e não poluir para que os bichos, as árvores e as plantas não morram”, conta Miguel da Silva, 9 anos.

Educação, arte e meio ambiente

Utilizar a arte no processo de ensino, principalmente com os pequenos, pode render bons frutos. Afinal, eles são o futuro do planeta e o aprendizado de forma lúdica e interativa torna-se mais atrativa. Antes da apresentação dos filmes, os participantes também ouvem podcasts com dicas ambientais, produzidos por alunos da rede municipal, fruto de parceria entre o Festival Natureba e a EcoEscola BH.

De acordo com a coordenadora do Festival Natureba, Suzana Markus, as crianças estão bem receptivas às sessões e têm saído felizes, entendendo a importância dos temas. “Eles estão adorando, está muito legal. As sessões estão ficando lotadas. As crianças saem animadas, falando que gostaram. Muitas nunca tinham ido ao cinema ou ao teatro e isso está sendo uma experiência única para elas. Tratar de temas tão significativos como a natureza, o meio ambiente e a sustentabilidade para as crianças é essencial porque elas são mais receptivas e conseguem entender o que estão vivendo, o que está à sua volta. Temos também, antes e no final das sessões, a participação de um personagem especial: o Pierre André, aquele que não tem chulé no pé. Ele faz brincadeiras e interage com elas. É importante reforçar que as sessões contam com acessibilidade, sendo as exibições com legendas áudio descritivas.”, conta Suzana.

Os educadores também aprovaram a experiência. “Eu achei maravilhosa a mostra, mesmo porque um dos nossos projetos institucionais, neste primeiro semestre, é sobre meio ambiente e sustentabilidade. Todos os curtas que passaram aqui fizeram a gente ficar sensibilizada com o meio ambiente, além de também sensibilizar as crianças que participaram. Fiquei muito feliz com toda essa interação deles. É muito tocante. Nós temos o hábito de fazer atividades em parques e sempre perguntamos para os alunos quais as percepções deles em relação aos espaços, o que percebem de diferente e eles ficam impressionados e sempre aprendem muito”, explica a coordenadora do tempo integral da Escola Municipal Professor Amilcar Martins, Maria Eliana Silva Moreira.

Crianças também se preocupam com o meio ambiente

Engana-se quem pensa que os pequenos não estão engajados. Mariana Aline, de 9 anos, mostra que tem uma consciência ambiental forte e faz um alerta: “gostei dos filmes e acho legal o tema. A natureza é muito importante para os humanos. Várias pessoas no mundo estão cortando árvores para fazer construções e também poluindo. Têm algumas empresas que usam canos e soltam fumaça, isso polui o mundo todo. Isso não é bom para o planeta”.

Durante a abertura do Festival ontem (5), a ativista e embaixadora da Justiça Climática, Júlia Bonitese, de apenas 12 anos, falou do seu trabalho nas redes sociais, com oficinas e dicas para preservação e reforçou a necessidade de que os jovens sejam vistos como propagadores das ideias de sustentabilidade.

Filmes, trilha e debate na programação desta sexta (7)

As sessões continuam durante todo o Festival. Nesta sexta (7), terão exibições dos curtas infantis às 9h15 e 14h, além da mostra de filmes do Festival Natureba, curtas e longas, às 17h30 e 19h.  Haverá, ainda, o debate “A Sustentabilidade do Cinema como Ferramenta de Transformação Socioambiental”, às 17h, com a participação dos curadores do Festival Natureba, Marcos Pimentel, Flávia Moreira e mediação de Carlos Canela, além dos diretores de filmes mineiros, Pedro de Filippis, Laly Cataguases e Dani Drumond. A atividade contará com acessibilidade em libras. Às 9h e às 16h haverá a “Trilha Histórica e Ambiental”, que já era oferecida no Parque, mas que será retomada com novidade.

O Festival do Clima é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, o Movimento Virada Climática, o Festival Natureba e o Paraíso Veg. A proposta é abrir espaço para uma tomada de consciência sobre o papel de cada um nas mudanças climáticas que estão ocorrendo em todo o planeta, envolvendo o público de diferentes idades.

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