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Minas Gerais

Outubro Rosa: Ação da UAI oferece serviços e orientações em Betim

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O Outubro Rosa é um momento de mobilização social para reforçar mensagens sobre prevenção e detecção precoce do câncer de mama.

Hoje, dia 22 de outubro, e na próxima terça-feira, 29 de outubro, de 7h30 às 13h e 19h às 21h30, tem uma ação social do Outubro Rosa, no Shopping Monte Carmo, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Nessa ação social da UAI (Unidade de Atendimento Integrado) em parceria com o Shopping Monte Carmo, faculdade Anhanguera e SUS, oferece diversos serviços gratuitos, tais como:

Realização de exame preventivo, exame de clínico das mamas, testes rápidos de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), solicitação de mamografia, agendamento para isenção de DIU de cobre, orientação sobre métodos contraceptivos e muito mais.

“É uma ação muito bacana. Entendemos e desenvolvemos essa ação no intuito de conscientizar as mulheres da importância de se cuidar.

É fundamental ter um diagnóstico rápido, identificar o câncer de mama nessas fases iniciais é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento”, explica a gerente responsável em ações sociais nas Uai’s de Minas Gerais, Mônica Antezana.

A campanha Outubro Rosa vem sendo considerada uma oportunidade para ampliar a abordagem da saúde da mulher e a prevenção do câncer, de forma mais ampla, incluindo também o câncer do colo do útero.

Câncer de mama

O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no Brasil. A prevenção primária e a detecção precoce contribuem para a redução da incidência e da mortalidade por essa neoplasia.

A população deve ser informada quanto ao tema para que possa adotar medidas que protejam a sua saúde.

A prevenção primária do câncer de mama consiste em reduzir os fatores de risco modificáveis e promover os fatores de proteção para a doença.

A prática de atividade física, a manutenção do peso corporal adequado, por meio de uma alimentação saudável, e evitar o consumo de bebidas alcóolicas estão associadas à redução do risco de desenvolver câncer de mama.

A amamentação também é considerada um fator protetor.

O diagnóstico precoce consiste na abordagem oportuna das mulheres com sinais e sintomas suspeitos de câncer para identificação da doença em fase inicial, a fim de possibilitar tratamento efetivo e maior sobrevida.

É importante informar as mulheres e os profissionais de saúde sobre o reconhecimento dos sinais e sintomas do câncer de mama, bem como organizar a rede de atenção à saúde para garantir o acesso rápido e facilitado ao diagnóstico e tratamento da doença.

A orientação é que a mulher observe e apalpe suas mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
A segunda estratégia de detecção precoce do câncer de mama é o rastreamento mamográfico.

Além de estar atenta ao próprio corpo, é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos, de risco padrão, façam uma mamografia de rastreamento a cada dois anos.

Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas. A mamografia nesta faixa etária, com periodicidade bienal, é a rotina adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseia-se na evidência científica do benefício desta estratégia na redução da mortalidade neste grupo.

Para mulheres com risco elevado de câncer de mama, recomenda-se que tenham acompanhamento médico individualizado, pois não há ainda uma recomendação específica para esse grupo.

É importante que as mulheres estejam sempre atentas aos sinais e sintomas suspeitos do câncer de mama:

caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é a terceira neoplasia mais frequente em mulheres no Brasil, com grandes desigualdades regionais e maior incidência e mortalidade nas Regiões menos desenvolvidas do País, em especial a Região Norte.

Está em curso uma chamada global para a eliminação da doença por ser praticamente 100% prevenível por vacina e rastreamento.

O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais.

A infecção pelo HPV é muito comum. Estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas.

A maior parte dos casos regride espontaneamente. Quando isso não ocorre, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras que, se identificadas e tratadas adequadamente, possibilita prevenir a progressão para câncer.

A principal forma de prevenção é a vacinação contra o HPV, que protege contra os subtipos oncogênicos 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

A recomendação atual é de dose única para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual.

A vacina também está disponível no SUS para pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos, que apresentam maior risco de desenvolver câncer e complicações relacionadas ao HPV.

Também estão incluídas as pessoas, nessa faixa etária ampliada, que foram vítimas de violência sexual, devido ao risco aumentado de desfechos negativos relacionados ao HPV, e também as portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR).

A detecção precoce do câncer do colo do útero é feita atualmente pelo exame citopatológico do colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos, a cada três anos.

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