Siga-nos

BH e Região Metropolitana

Parques recebem ações preventivas para enfrentar o período de seca

Com a entrada do período do ano de maior estiagem, a Prefeitura de Belo Horizonte intensifica os serviços de manutenção nos parques municipais com ações para a prevenção de incêndios em suas áreas Dentre as atividades, estão o manejo da vegetação com podas, capinas, retirada de folhas e galhos secos soltos na mata, além da realização de aceiros

Publicado

em

Parques recebem ações preventivas para enfrentar o período de seca

Com a entrada do período do ano de maior estiagem, a Prefeitura de Belo Horizonte intensifica os serviços de manutenção nos parques municipais com ações para a prevenção de incêndios em suas áreas. Dentre as atividades, estão o manejo da vegetação com podas, capinas, retirada de folhas e galhos secos soltos na mata, além da realização de aceiros.

Os aceiros são faixas de solo exposto, sem vegetação, localizados normalmente ao longo das cercas e muros de divisa dos parques com as casas e outras áreas. Sua finalidade é dificultar ou até mesmo impedir a continuidade de propagação do fogo, servindo, ainda, como vias de acesso pelos combatentes, no caso de uma operação. Além disso, uma rede planejada de aceiros aumenta as chances de contenção das chamas em um incêndio, visto que permite segregar grandes áreas densamente vegetadas em áreas menores e, muitas vezes, é usado para impedir que o fogo atinja estruturas e ambientes sensíveis.

A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), responsável pelos parques da cidade, conta com um cronograma de ações que são executadas durante todo o ano, com a supervisão dos gerentes das áreas. “Nos períodos de chuvas, fazemos constantemente as roçadas por conta do crescimento mais acelerado da vegetação. Já na estiagem, que dura normalmente de maio a julho, fazemos a revisão e restauração dos aceiros em diferentes parques. Esses aceiros podem ter de 3 a 5 metros de largura e vão variar de acordo com as características de cada local. Fazemos também aceiros internos, dentro das matas, para facilitar o manejo caso aconteça propagação do fogo dentro de uma área de preservação. Esse trabalho se repete constantemente até a chegada do período chuvoso”, explica a gerente de Parques Noroeste, Conceição Baêta.

Outras ações preventivas em parques municipais

A FPMZB possui um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) visando fortalecer, organizar e coordenar os esforços em prol da prevenção, controle e combate aos incêndios florestais. Diversos órgãos e organizações, inclusive equipes da força tarefa Previncêndio (Programa Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais) participam do Plano Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (PIPCIF) da Serra do Curral.

Há, ainda, uma equipe própria de brigadistas formada por gerentes e funcionários de todos os parques, além de voluntários e parceiros, que atuam nas ações de combate. Todos os anos, são realizadas campanhas de educação ambiental no entorno dos parques, com a comunidade e parceiros, visando a prevenção de incêndios.

Importância da conscientização e participação da população

Dentre as causas mais comuns dos incêndios em parques urbanos estão a queima de lixo doméstico, folhas e resto de poda, além do uso do fogo para limpeza inadequada de terrenos baldios e manifestações religiosas próximas às vegetações, podendo ser de origem criminosa e intencional ou acidental. Esses incêndios causam danos, muitas vezes, irreversíveis para a natureza, matando e afugentando animais, destruindo a vegetação, poluindo o ar e as águas. “São inúmeros os problemas causados pelos incêndios e as consequências também são percebidas no meio urbano como a falta de eletricidade, o aumento da poluição do ar, causando doenças respiratórias na população, além de perda da biodiversidade que afeta o clima de forma significativa. É importante que todos tenham consciência e ajudem a proteger e cuidar dessas áreas verdes, que são patrimônio ambiental da cidade”, diz Conceição Baêta.