ddd

BH e Região Metropolitana

PBH apresentará resultados do Projeto Arqueológico do Largo do Rosário

O Projeto Arqueológico do Largo do Rosário foi constituído com o objetivo de encontrar vestígios que possam subsidiar estudos e pesquisas sobre a história de Belo Horizonte e, em especial, da população negra que durante o século XIX edificou e utilizou a Capela e o Cemitério do Rosário dos Homens Pretos de Curral Del Rey Reafirmando a importância desse projeto, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, realizará um encontro virtual na 22ª edição do projeto Expedições do Patrimônio para apresentar os resultados da pesquisa à população

Publicado

em

O Projeto Arqueológico do Largo do Rosário foi constituído com o objetivo de encontrar vestígios que possam subsidiar estudos e pesquisas sobre a história de Belo Horizonte e, em especial, da população negra que durante o século XIX edificou e utilizou a Capela e o Cemitério do Rosário dos Homens Pretos de Curral Del Rey. Reafirmando a importância desse projeto, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, realizará um encontro virtual na 22ª edição do projeto Expedições do Patrimônio para apresentar os resultados da pesquisa à população. O responsável pela apresentação será o arqueólogo Fernando Walter da Silva Costa, Bacharel em História (UFMG) e Mestre e Doutor em Arqueologia e Etnologia (USP), no dia 30 de abril (terça-feira), das 14h às 16h30. A inscrição para o encontro é gratuita e pode ser feita no Portal da PBH.

A área de pesquisa do Projeto Arqueológico do Largo do Rosário foi cuidadosamente selecionada com base em dados históricos e cartográficos, definida pelo cruzamento de informações levantadas pelo arquiteto Thiago Fialho à partir de anotações realizadas pela Comissão Construtora da Cidade de Minas (atual Belo Horizonte), uma planta do Arraial de Curral Del Rey também produzida pela mesma Comissão, e um mapa confeccionado sob a encomenda e orientações do jornalista Abílio Barreto.

Abrangendo aproximadamente 1.200m² nas proximidades das ruas da Bahia e dos Timbiras, o Largo do Rosário ocupa uma região central e histórica reconhecida como Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. Devido às características atuais da área, com inúmeras edificações, instituições de ensino, residências, arruamentos e áreas pavimentadas, a equipe de pesquisadores adotou uma metodologia de trabalho que se valeu dos avanços recentes em hardwares e softwares de geofísica e de radares elétricos, magnéticos e eletromagnéticos indutivos, para investigar as camadas subterrâneas e revelar vestígios que ajudam a reconstruir o passado.

Sobre o Largo do Rosário

O Largo do Rosário é o nome dado ao espaço no qual se situava a Igreja do Rosário (inaugurada em 1819) e seu cemitério (inaugurado em 1811), construídos pela Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, no Curral Del Rey. O Largo ficava no trecho onde atualmente estão as ruas da Bahia, Aimorés, Espírito Santo e Avenida Álvares Cabral.

Tanto a Igreja quanto o cemitério eram espaços de comunhão e socialização que atendiam às necessidades espirituais e físicas da comunidade negra. Os encontros, comemorações e outras ações dedicadas aos santos de sua devoção (São Benedito, Santa Efigênia e, em especial, Nossa Senhora do Rosário) eram marcados pela solidariedade e sentimento de pertencimento a esta Irmandade, já que os negros eram excluídos das irmandades dos brancos.

Em 1897, com o início da construção da nova capital de Minas Gerais, os edifícios que ficavam dentro dos limites da Avenida 17 de dezembro (atual Avenida do Contorno), inclusive a Capela do Rosário, foram demolidos, dando espaço para novas construções e, visando apagar os registros de memória dos períodos Colonial e Imperial brasileiro. Entretanto, o atual estágio das pesquisas aponta que os corpos sepultados no cemitério da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos não foram exumados e trasladados para o novo cemitério municipal (atual Cemitério do Bonfim).

A demolição do templo e a destruição do cemitério são fatos históricos denunciados por lideranças afro-brasileiras, que buscam, há anos, reconstituir e resgatar as memórias da população negra belo-horizontina. Após 125 anos desse fato, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM-BH) aprovou o registro do Território do Largo do Rosário como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade. Desse modo, o bem cultural está agora inscrito no Livro de Registro dos Lugares por se tratar de manifestação cultural de relevante valor histórico, social e cultural para a cidade.

Serviço

Projeto Expedições do Patrimônio – 22ª edição

Tema: Projeto Arqueológico do Largo do Rosário

Encontro virtual: terça-feira(30), das 14h às 16h30

Atividade gratuita

Inscrições: P ortal da PBH ou diretamente por este link

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile