BH e Região Metropolitana
PBH instala primeiro hospital de campanha contra a dengue na região Norte
Belo Horizonte terá o primeiro hospital de campanha, que funcionará 24 horas por dia na UPA Norte, destinado a pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika A estratégia da Prefeitura faz parte do Plano de Enfrentamento às Arboviroses, que é ampliado gradativamente e de acordo com o cenário epidemiológico da cidade
Belo Horizonte terá o primeiro hospital de campanha, que funcionará 24 horas por dia na UPA Norte, destinado a pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika. A estratégia da Prefeitura faz parte do Plano de Enfrentamento às Arboviroses, que é ampliado gradativamente e de acordo com o cenário epidemiológico da cidade. Se necessário, novos locais podem ser prontamente abertos pelo município.
A estruturação do hospital de campanha será feita em parceria com o governo do Estado, que forneceu, por meio da Defesa Civil Estadual, uma tenda de 320m². A expectativa é que o local comece a funcionar ainda nesta semana, na Avenida Risoleta Neves, 2.580, no bairro Aarão Reis.
O local abrigará um Centro de Atendimento às Arboviroses (CAA), para o atendimento de pessoas com sintomas de dengue e outras arboviroses, como dor atrás dos olhos, febre e manchas vermelhas na pele. Além de uma Unidade de Reposição Volêmica (URV), com 40 leitos para a hidratação venosa de pacientes que precisam ficar internados, ou seja, recebendo assistência contínua durante um período de tempo maior. O objetivo é ampliar e agilizar a assistência à população.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, serão contratos 170 profissionais para atuar no hospital de campanha, sendo 90 médicos, além de enfermeiros, técnicos de laboratório, técnicos de enfermagem e auxiliares administrativos. A Secretaria Municipal de Saúde também mantém ativo um banco de currículos para contratação imediata de médicos. Os interessados devem acessar o Portal da Prefeitura e realizar o cadastro.
“A partir de agora, a Secretaria Municipal de Saúde assume a operacionalização do equipamento, com a contratação dos profissionais. A ideia é que o hospital concentre todos os casos suspeitos de dengue, febre, dor no corpo e manchas vermelhas na pele. Aquele paciente que precisar ficar na condição de internado, passará para essa estrutura do hospital de campanha”, explica Danilo Borges.
O novo serviço também atuará como retaguarda da UPA Norte, que tem apresentado alta demanda por atendimento. O local foi escolhido em razão do aumento no número de atendimentos na regional Norte. Somente em fevereiro, por exemplo, foram 2.382 pessoas assistidas com sintomas de arboviroses na UPA Norte, número 66% superior ao de janeiro, que foi de 1.427.
A estrutura repassada pelo governo estadual à Prefeitura foi doada pelo governo americano na época da pandemia da covid-19 e utilizada uma única vez em Unaí. “Essa parceria com a PBH visa ampliar e qualificar ainda mais o atendimento aos pacientes com dengue. Ontem, no Hospital Infantil João Paulo II, também abrimos uma sala de hidratação, bem como já estamos a todo o vapor com a unidade do Hospital Júlia Kubitschek, que já funciona 24 horas por dia. Estamos também buscando ampliar o número de leitos no Hospital Maria Amélia Lins, num grande esforço conjunto para atender cada vez mais e melhor os belohorizontinos”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti.
Outras unidades
Ciente da alta nos casos de dengue e arboviroses no município, a Prefeitura tem adotado todas as medidas para garantir um melhor atendimento aos cidadãos. Já foram abertos três Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs) e as unidades das regionais Barreiro e Venda Nova estão com o horário de funcionamento ampliado, prestando assistência 24 horas por dia.
Já a Centro-Sul mantém o atendimento da população das 7h às 22h. Essas unidades são porta aberta, ou seja, ofertam cuidado de forma espontânea às pessoas com sintomas como febre, dores no corpo ou atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
Foram abertas ainda as Unidades de Reposição Volêmica (URVs), que funcionam durante 24 horas, todos os dias da semana. Esses equipamentos ficam nas regionais Centro-Sul e Venda Nova e recebem exclusivamente os usuários encaminhados de centros de saúde, CAAs e UPAs e que precisam de hidratação venosa e assistência contínua. Ou seja, não é um serviço de porta aberta. Para ampliar o acesso da população, foram ampliados 20 leitos na URV Venda Nova no último sábado (24).
Há também outras duas URVs, uma no Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro, e outra que foi aberta nesta segunda-feira (26) no Hospital Infantil João Paulo II, na Centro-Sul e que atende crianças. As duas implementações foram feitas em parceria com a Fhemig também atendem 24 horas por dia.