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BH e Região Metropolitana

PBH participa de parceria para homenagear líder quilombola, Alê do Rosário

A cidade de Belo Horizonte recebeu nessa segunda-feira (20) uma obra de arte que eterniza a história de luta das comunidades tradicionais do Vale do Jequitinhonha A escultura “A Voz do Vale”, que homenageia o líder quilombola e ativista cultural Alê do Rosário (1988-2019), foi instalada no Quintal da Dona Geni, área localizada no Bairro Lagoinha

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PBH participa de parceria para homenagear líder quilombola, Alê do Rosário

A cidade de Belo Horizonte recebeu nessa segunda-feira (20) uma obra de arte que eterniza a história de luta das comunidades tradicionais do Vale do Jequitinhonha. A escultura “A Voz do Vale”, que homenageia o líder quilombola e ativista cultural Alê do Rosário (1988-2019), foi instalada no Quintal da Dona Geni, área localizada no Bairro Lagoinha.

A obra “A Voz do Vale” foi criada pelos artistas Gu Ferreira e Paulo César Aguiar para o programa “Caminhos”, uma iniciativa do Ministério Público de Minas Gerais, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Ministério Público do Trabalho e CeMAIS. O programa tem como objetivo promover a reintegração da população em situação de vulnerabilidade social do município por meio do acesso ao trabalho, à arte e à cultura.

A secretária municipal de Cultura e presidente interina da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Eliane Parreiras, representou o prefeito Fuad Noman na solenidade de inauguração da obra. Na cerimônia, realizada no Cresan Mercado da Lagoinha, Eliane Parreiras destacou a importância da parceria entre a PBH e o Poder Judiciário na execução de políticas públicas que visam contar a história, reverenciar a memória e valorizar a ancestralidade e a identidade cultural dos povos e comunidades tradicionais. “Em nome do prefeito Fuad Noman, externalizo a emoção da PBH em ser parceira do projeto ‘Caminhos’, que chega neste momento tão especial de reconhecer e valorizar, por meio do legado do Alê do Rosário, a história, a memória e a identidade cultural das comunidades tradicionais, em especial das comunidades quilombolas”, declarou.

Na ocasião, o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, reforçou que o trabalho de Alê do Rosário contribuiu efetivamente para a mudança de percepção das pessoas com o Vale do Jequitinhonha. “O Alê proporcionou um importante despertar da região. O seu legado ficará para sempre na nossa memória e eternizado com esta homenagem, que é singela perto de tudo o que ele fez para as comunidades tradicionais”, completou.

Alê do Rosário

Alessandro Borges de Araújo, mais conhecido como Alê do Rosário, foi um líder quilombola e ativista cultural. Referência da musicalidade regional e na arte do Vale do Jequitinhonha, Alê do Rosário atuou como coordenador municipal de Cultura do município de Berilo (MG), diretor de Cultura da Federação das Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais e contramestre da Folia de Reis. Foi, ainda, o fundador da Comunidades Quilombolas do Vale do Jequitinhonha (Coquivale) e um dos criadores dos Roteiros Turísticos da Rota dos Quilombos.

Alê morreu em 2019, aos 30 anos de idade, devido a complicações renais. A obra “A voz do Vale” é uma forma de imortalizar a sua luta e atuação nos processos de regulação territorial, no reconhecimento da comunidade quilombola e na preservação da cultura do Congado.