BH e Região Metropolitana
PBH promove no Cine Santa Tereza mostra especial em homenagem às mulheres
Trajetórias de mulheres de diferentes contextos, épocas, paisagens e idades integram a mostra Retratos: Elas em Destaque, que ocorre no Cine Santa Tereza de 1º a 27 de março, como parte das celebrações do mês das mulheres A programação reúne obras sobre um rico universo de vivências e sensibilidades, em filmes que acompanham mulheres ambientalistas, mães, ativistas, artistas, escritoras, que lutaram e lutam para exercer plenamente suas subjetividades, direitos e propósitos
Trajetórias de mulheres de diferentes contextos, épocas, paisagens e idades integram a mostra Retratos: Elas em Destaque, que ocorre no Cine Santa Tereza de 1º a 27 de março, como parte das celebrações do mês das mulheres. A programação reúne obras sobre um rico universo de vivências e sensibilidades, em filmes que acompanham mulheres ambientalistas, mães, ativistas, artistas, escritoras, que lutaram e lutam para exercer plenamente suas subjetividades, direitos e propósitos. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados no site www.sympla.com . Uma quota de 50% dos bilhetes é reservada para distribuição no próprio cinema, 30 minutos antes das sessões. A mostra integra a agenda especial do Mês da Mulher da Fundação Municipal de Cultura. A programação completa do Cine Santa Tereza pode ser consultada no Portal Belo Horizonte .
A mostra “Retratos: Elas em Destaque” traz títulos ficcionais e documentais. Entre os filmes nacionais que integram a seleção, constam obras como: Zuzu Angel (Sérgio Rezende, 2006), cinebiografia da estilista que denunciou as atrocidades da ditadura militar brasileira; Xica da Silva (Cacá Diegues, 1976), que focaliza a trajetória da primeira dama negra de nossa história, na segunda metade do século 18; Vida de Menina (Helena Solberg, 2003), ficção baseada nos diários da jovem Helena Morley, pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant, nascida em Diamantina, cujas observações retratam as transformações que aconteceram no Brasil na passagem para o século XX; Mesmo que tudo dê errado, já deu tudo certo (Laís Chaffe, 2023), documentário sobre as andanças da escritora e educadora popular, Maria Valéria Rezende; Mulheres na Conservação (Paulina Chamorro/João Marcos Rosa, 2023), documentário que lança um olhar delicado e sensível sobre a vida e o trabalho de sete heroínas da luta ambiental.
Já a seleção de obras estrangeiras conta com títulos que iluminam a trajetória de mulheres impactantes, como: Audre Lorde – Os Anos em Berlim 1984 a 1992 (Dagmar Schultz, 2012), documentário sobre a aclamada poetisa defensora dos direitos das mulheres negras e lésbicas; Violeta Foi Para o Céu (Andrés Wood, 2011), perfil da cantora chilena Violeta Parra; Os Anos do Super 8 (Annie Ernaux, 2022), colagem de filmes caseiros rodados pela escritora francesa ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura, Annie Ernaux; A Combatente (Camille Ponsin, 2020), sobre a antropóloga de 90 anos, Marie-José Tubiana, e sua luta em prol dos refugiados no Sudão.
A mostra conta com o apoio da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, do Institut Français e da Aliança Francesa de Belo Horizonte.
- Programação
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Sexta-feira (1º)
17h | Xica da Silva
(Cacá Diegues | Brasil | 1976 | Drama | 107’)O filme focaliza a trajetória de Xica da Silva, que de escravizada, tornou-se a primeira dama negra de nossa história, na segunda metade do século 18, quando João Fernandes, representante da corte portuguesa, apaixona-se por ela e a transforma na Rainha do Diamante, satisfazendo todos os seus desejos extravagantes.
Classificação indicativa: 16 anos19h | A Combatente
(La Combattante|Camille Ponsin | França/Bélgica | 2020 | Documentário | 94’ | Legendado)Marie-José Tubiana, 90 anos, é uma etnóloga aposentada, especialista em Darfur, no Sudão. Todos os dias, ela coleta meticulosamente depoimentos de refugiados para autenticar suas histórias e completar seus dossiês de pedido de asilo. Apesar de sua idade, ela usa seu conhecimento e o trabalho de uma vida inteira de pesquisa para conduzir sua luta. A luta de uma vida dedicada aos outros.
Classificação indicativa: 14 anosSábado (2)
19h | Audre Lorde – Os Anos em Berlim 1984 a 1992
(Audre Lorde – The Berlin Years 1984 to 1992 | Dagmar Schultz | Alemanha | 2012 | Documentário | 79’)Centrando-se na relação da escritora e ativista Audre Lorde com a diáspora negra alemã, sua influência literária e política, o filme é também um valioso documento histórico da Alemanha, que fala sobre o desenvolvimento de um movimento afro-alemão e as origens do movimento anti-racista antes e depois da reunificação.
Classificação indicativa: livreDomingo (3)
16h30 | Mesmo que tudo dê errado, já deu tudo certo
(Laís Chaffe | Brasil | 2023 | Documentário |120’)O documentário destaca as andanças da escritora Maria Valéria Rezende como educadora popular, as trocas culturais que teve com pessoas de variados cantos do mundo e seu ativismo. A obra ainda inclui relatos de encontros com Fidel Castro, Frei Betto, bem como de momentos em que ajudou militantes contrários à ditadura a fugirem do Brasil.
Classificação indicativa: 12 anos19h | Zuzu Angel
(Sérgio Rezende | Brasil | 2006 | Drama |104’)O filme é baseado na história real da estilista mineira Zuleika Angel Jones (1921-1976). Sem nunca ter sido militante política, Zuzu, como era conhecida, teve sua vida transformada depois que seu filho, Stuart Angel Jones foi preso em 1971 e desapareceu, para nunca mais ser visto.
Classificação indicativa: 14 anosQuarta-feira (13)
17h | Mulheres na Conservação
(Paulina Chamorro/João Marcos Rosa | Brasil | 2023 | Documentário | 45’)Mulheres na Conservação lança um olhar delicado e sensível sobre a vida e o trabalho de sete heroínas da luta ambiental. O documentário faz um recorte desse universo feminino que está à frente de ações e estudos sobre Conservação e Meio Ambiente no Brasil.
Classificação indicativa: 12 anosQuinta-feira (14)
17h | A Árvore sem Frutos
(L’Arbre sans fruit | Aïcha Macky | Nigéria | 2016 | Documentário | 52’| Legendado)Documentário bilíngue nigeriano escrito e dirigido por Aïcha Macky em sua estreia na direção. O projeto documental foi influenciado e inspirado pela morte da mãe da diretora, que morreu quando o Aïcha tinha apenas cinco anos de idade na época.
Classificação indicativa: 18 anosSexta-feira (15)
17h | Amal
(Mohamed Slam | França/Egito | 2017 | Documentário | 82’ | Legendado)O filme observa a auto descoberta de uma garota egípcia entre 15 e 20 anos que procura seu lugar, sua identidade e sua sexualidade em uma sociedade dominada por homens. Na medida que cresce, ela percebe quão limitadas são suas escolhas enquanto uma jovem mulher que vive em um estado policial árabe em uma era pós-revolução.
Classificação indicativa: 10 anosSexta-feira (22)
16h30 | Vida
(Paula Gaitán | Brasil | 2018 | Documentário | 70’)Cinebiografia da atriz brasileira Maria Gladys. Uma reflexão sobre o ofício da interpretação e a possibilidade de se doar com paixão e criatividade.
Classificação indicativa: livreDomingo (24)
17h | Os Anos do Super-8
(Les Années Super-8|Annie Ernaux|França| 2022| Documentário/Drama | 61’ | Legendado)Vídeos caseiros em super-8 da família de Annie Ernaux revelam não somente a vida doméstica, mas também um testemunho precioso sobre o lazer, o estilo de vida e as aspirações de uma classe social na França dos dez anos que se seguem após 1968.
Classificação indicativa: 12 anosQuarta-feira (27)
17h | Vida de Menina
(Helena Solberg | Brasil | 2003 | Drama | 101’)Pouco após a abolição da escravatura e a proclamação da República no Brasil, Helena começa a escrever um diário, que revela seu universo e um país adolescente como ela. Neste diário, a menina debocha e desmascara as pretensas virtudes alheias.
Classificação indicativa: livre19h | Violeta Foi Para o Céu
(Violeta se fue a los cielos | Andrés Wood | Chile/Brasil | 2011 | Musical/Documentário | 105’ | Legendado)História da famosa cantora e folclorista chilena, Violeta Parra: seu trabalho musical, suas memórias, seus amores e esperanças. O filme traça sua evolução, da infância humilde até transformar-se em sensação internacional e heroína nacional, com a intensidade de suas contradições internas, falhas e paixões.
Classificação indicativa: 12 anos