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Saúde & Bem-Estar

Por que atum tem alto nível de mercúrio?

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Peixe de alimenta de presas já infectadas pelo metal venenoso, o que os faz acumular as toxinas no corpo ao longo da vida; saiba mais

Assim como várias outras espécies de peixe, o atum é um cardume muito utilizado em diferentes pratos culinários, mas que também é indicado para contribuir positivamente para a saúde humana. Contudo, alguns produtos comercializados no mercado podem apresentar muito mais do que os benefícios do peixe, como o mercúrio.

Mas por que razão os peixes estariam infectados por um metal pesado e como isso afeta a nossa saúde? Confira, a seguir, mais informações sobre o porquê o atum pode apresentar altos níveis de mercúrio e os malefícios que o metal traz ao nosso corpo.

O que é o mercúrio e de onde ele vem?

Reprodução: Mikael Seegen/Unsplash

O mercúrio é um metal pesado que está presente, de forma natural, na crosta terrestre de nosso planeta. Apesar disso, ele é comumente disseminado na atmosfera em virtude das atividades humanas, seja pela queima do carvão para o funcionamento de máquinas ou pela mineração. Dito isso, é importante dizer que há diferentes tipos de mercúrio, e os mais importantes para citarmos aqui são dois: o mercúrio inorgânico e o metilmercúrio.

O mercúrio inorgânico é liberado na natureza, por exemplo, pela queima do carvão: o metal se espalha pelo ambiente e, posteriormente, pode ser depositado em sedimentos dentro de ambientes aquáticos. Em seguida, esses sedimentos, infectados pelo mercúrio inorgânico e localizados em uma área com baixo teor de oxigênio, se tornam alimento para certos micro-organismos: o consumo do metal por esses agentes microscópios os converte em uma nova variante do mercúrio, chamada metilmercúrio.

O metilmercúrio, posteriormente, acaba sendo consumido por outros seres aquáticos, como crustáceos, peixes de pequeno porte e plânctons. Essa variante do mercúrio, no entanto, é considerada como uma das mais tóxicas e pode trazer inúmeros malefícios para quem a consome.

Por que o atum apresenta altos níveis de mercúrio?

Reprodução: Sebastian Pena Lambarri/Unsplash

O atum é um peixe migratório e cuja alimentação depende de sua espécie e região. Mas, de forma geral, ele pode se alimentar de crustáceos e peixes menores. Dessa forma, se uma espécie de atum vive em um ambiente onde suas presas estão infectadas pelo metilmercúrio, naturalmente o atum também será infectado.

Isso acontece porque o metilmercúrio é biocumulativo, ou seja, se acumula no organismo de quem o consome. Então, quanto mais presas infectadas o atum predar, mais metal tóxico será depositado em seu organismo. Então, duas coisas podem acontecer: a sua saúde é comprometida pela intoxicação do metal, embora o envenenamento não costume matá-lo; ou ele é capturado e abatido para servir de alimento para os humanos.

Alguns peixes, como o próprio atum, conseguem excretar parte do metal de seu organismo, embora ainda haja regiões do animal que concentram bastante metilmercúrio. Assim, caso um ser humano se alimenta deste peixe infectado, poderá desenvolver alguns quadros preocupantes de saúde.

Quais os malefícios que o consumo desses peixes infectados traz à saúde?

Os danos à saúde humana vão depender da quantidade de metal consumido e da frequência. Mas, de forma geral, é possível citar:

  • Danos ao sistema nervoso, o que pode prejudicar o funcionamento neurológico e cognitivo do cérebro;
  • Impactos cardiovasculares, como hipertensão, de acordo com alguns estudos;
  • Dificuldade de excreção dos resíduos pelos rins, o que pode comprometer as funções renais;
  • Danos a um feto ou bebê em desenvolvimento durante a gravidez.

O recomendado é que, em caso de suspeita por envenenamento, os doentes se dirijam o mais rápido possível ao pronto-socorro do hospital mais próximo. E caso o exame de sangue e urina demonstrem algum sinal do mercúrio, é imprescindível informar aos profissionais de saúde o que você comeu, como o atum.

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