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BH e Região Metropolitana

Teste diagnóstico ajuda diferenciar a febre do Oropouche da dengue

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O número de casos de febre do Oropouche em Minas Gerais saltou de 72 na primeira semana de junho para 147 na última semana de julho, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Esse aumento alarmante destaca a necessidade urgente de um diagnóstico preciso para diferenciar a doença de outras arboviroses, como a dengue, que compartilha sintomas semelhantes.

A febre do Oropouche, causada pelo vírus Oropouche (OROV) e transmitida pelo mosquito Culicoides Paraensis, tem mostrado um crescimento significativo em várias regiões do país, exigindo uma abordagem diagnóstica precisa.

Os sintomas, como informa o Dr. Guenael Freire, assessor médico do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica, marca da Dasa em Minas Gerais, incluem febre alta e dores musculares, articulares e de cabeça, que são comuns também na dengue.

Diante dessa semelhança, o exame de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) se torna uma ferramenta crucial. Ele permite a detecção específica do material genético do vírus Oropouche no sangue do paciente, mesmo em baixas concentrações.

Isso possibilita um diagnóstico preciso, fundamental para o tratamento adequado da doença e para evitar confusões com a dengue, que é causada por um vírus distinto e transmitida pelo mosquito Aedesaegypti.

“Embora Oropouche e dengue compartilhem sintomas semelhantes, há diferenças importantes na apresentação clínica. Na primeira, a dor de cabeça intensa costuma ser sentida na nuca, enquanto na outra a dor é mais localizada na região ocular.

Além disso, os pacientes apresentam o quadro inicial de Oropouche e melhoram depois de dois a sete dias. Porém, quando estão melhorando, é possível que os sintomas retornem” afirma o Dr. Guenael Freire.

Para entender melhor, os casos agudos de Oropouche apresentam um início súbito de febre, acompanhado de dor de cabeça, dor muscular e dor nas articulações.

Outros sintomas frequentemente relatados incluem tontura, dor retro ocular, calafrios, sensibilidade à luz, além de náuseas e vômitos.

Alguns pacientes podem ter recidivas, apresentando os mesmos sintomas ou apenas febre, dor de cabeça e dor muscular entre 1 a 2 semanas após os sintomas iniciais.

A duração dos sintomas varia de 2 a 7 dias, geralmente com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves. Não há registros de óbitos associados à Febre do Oropouche.

Além da importância do exame diagnóstico, o médico destaca a necessidade de medidas preventivas.

Recomenda a eliminação de focos de água parada e a manutenção de ambientes livres de criadouros de mosquitos para prevenir a disseminação da febre Oropouche.

Também é importante evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores.

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