Em seu último dia como presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou na manhã deste sábado (1º) que cogita disputar o governo de Minas Gerais e falou em divergências políticas com Arthur Lira (PP-AL).
O que aconteceu
Pacheco disse que tem "o desejo" de disputar o governo mineiro. "Quem diz que está na política e que não tem o sonho de governar o seu próprio estado, não está falando a verdade. É óbvio que isso é um desejo, isso é um sonho de qualquer um governar o seu estado. É um sonho que eu sempre tive de ser governador do meu estado", disse em entrevista coletiva antes da eleição do novo presidente do Senado hoje.
Ele agradeceu Lula, que disse que gostaria de ver Pacheco como candidato ao governo de MG. "Fico muito honrado de um presidente da República, como o presidente Lula, que é um grande político, um ser humano extraordinário, poder ter esse desejo e essa vontade, mais do que isso."
Pacheco citou ainda divergências com a Câmara dos Deputados e citou Arthur Lira (PP-AL). "É natural numa democracia que os poderes divirjam a entendimentos diferentes sobre temas variados. É normal que aconteça o que não se escambar para agressividade, para interrupção do diálogo. Isso nunca houve. Tenho plena confiança que, numa relação harmônica que temos hoje entre os três poderes, o Judiciário, o Executivo e o Legislativo, tenhamos a capacidade de encontrar a solução para problemas."
Pacheco comentou o tema das emendas parlamentares e disse que elas devem ser mantidas com transparência. "As emendas parlamentares são institutos importantes e úteis ao desenvolvimento do Brasil, das cidades menores, das cidades médias, e óbvio que todos nós", afirmou. "O que estamos fazendo hoje é uma discussão profunda sobre o quanto mais podemos fazer para conferir transparência. Além da transparência, é muito importante que o orçamento seja eficiente."
Pacheco destacou o trabalho do Senado nos últimos quatro anos contra o "negacionismo". "O que mais deve nos orgulhar nesses quatro anos sem dúvida é a defesa da democracia no Brasil foi tônica que fez Senado se unir em momento de negacionismo."
Ele também lembrou o período de pandemia e dos senadores que morreram de covid-19. "Iniciamos essa administração no enfrentamento à pandemia e todos nós sofremos muito. Memória daqueles colegas senadores que perderam suas vidas. Foi um momento agudo da vida nacional. O Senado teve papel íntegro no enfrentamento à pandemia com posições que contribuíram."
Como é eleição no Senado
Mesa do Senado é composta por sete senadores titulares. São um presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários —cada um destes com seus suplentes. Eles são responsáveis pela direção dos trabalhos legislativos da Casa.
Presidente é o primeiro a ser escolhido. A eleição ocorre de forma exclusiva na primeira reunião preparatória do dia, marcada para 10h. Estão na disputa pela cadeira os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Davi Alcolumbre (União-AP).
Interessados na candidatura podem se registrar no dia da votação. Senadores que quiserem concorrer ao cargo precisam formalizar a intenção por escrito na Secretaria-Geral da Mesa, durante reunião preparatória, antes que o primeiro candidato inscrito comece a falar. Pacheco é quem vai comunicar ao Plenário as candidaturas formalizadas.
Candidatos são chamados para discursar. Eles terão 15 minutos para defender sua candidatura, sendo chamados por ordem alfabética dos nomes parlamentares. Após os discursos, é iniciada a votação secreta, por meio de cédulas de papel, e vence quem receber a maioria absoluta de votos, ou seja, 41 ou mais.
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