Caxumba: Entenda a doença, sintomas e a importância da vacinação

A caxumba, também conhecida como papeira ou parotidite infecciosa, é uma doença viral aguda e contagiosa, que gera preocupação em surtos, especialmente em ambientes fechados como escolas e universidades. Embora tenha se tornado menos comum graças à vacinação, a doença ainda representa um risco, principalmente para aqueles que não foram imunizados, e pode levar a complicações sérias.

O que é e como se transmite?

A caxumba é causada pelo vírus Paramyxovirus e se manifesta principalmente pela inflamação dolorosa das glândulas parótidas, que ficam localizadas abaixo e à frente das orelhas. Sua transmissão ocorre através do contato com gotículas de saliva de uma pessoa infectada ao falar, tossir ou espirrar. O período de incubação do vírus pode variar de 12 a 25 dias, e a pessoa já pode transmitir a doença dias antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas.

Sintomas e Complicações

Os sintomas mais comuns da caxumba incluem:

• Inchaço e dor nas glândulas salivares, que pode ocorrer em um ou ambos os lados.
• Febre, dor de cabeça e dores musculares.
• Fraqueza, fadiga e perda de apetite.
• Dor ao mastigar ou engolir.

Embora geralmente a caxumba tenha uma evolução benigna, a doença pode evoluir para complicações, especialmente em adultos. Em homens, a inflamação dos testículos (orquite) é a mais frequente, podendo, em casos raros, levar à esterilidade. Em mulheres, a inflamação dos ovários (ooforite) também pode ocorrer. Outras complicações mais raras incluem meningite asséptica, pancreatite e até surdez. A doença durante a gravidez, principalmente no primeiro trimestre, pode ocasionar um aborto espontâneo.

A importância da vacina

A melhor e mais eficaz forma de prevenção da caxumba é a vacinação. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina Tríplice Viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. O esquema de vacinação é composto por duas doses, sendo a primeira aplicada aos 12 meses de idade e a segunda entre os 15 e 24 meses. Para adultos que não foram vacinados ou não se recordam do histórico vacinal, é recomendável procurar um posto de saúde para verificar a necessidade de imunização, pois a vacinação de bloqueio é uma medida importante em caso de surtos.