Caxumba: Mais do que inchaço no pescoço

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A caxumba, também conhecida como parotidite infecciosa, é uma doença viral aguda e contagiosa que já foi muito comum na infância. Apesar de a vacinação ter reduzido drasticamente os casos, é fundamental entender o que é, como se manifesta e quais os riscos, principalmente em adultos.

O que é e como se transmite?

Causada pelo vírus da família Paramyxoviridae, a caxumba é transmitida principalmente pelo contato com gotículas de saliva contaminadas, seja por tosse, espirro ou contato com objetos ou superfícies infectadas. O vírus se instala e se reproduz nas glândulas salivares parótidas, localizadas nas bochechas, na região da mandíbula, abaixo da orelha. A transmissão pode ocorrer alguns dias antes do inchaço aparecer e até cinco dias depois que ele desaparecer.

Sintomas clássicos

O sintoma mais marcante é o inchaço e a dor nas glândulas parótidas, que podem aparecer em um ou ambos os lados da face. A área inchada geralmente é sensível ao toque. Além disso, a caxumba pode causar:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor muscular
  • Fadiga e perda de apetite
  • Dor ao mastigar ou engolir

O período de incubação, ou seja, o tempo entre a exposição ao vírus e o aparecimento dos sintomas, pode variar de 12 a 25 dias.

Complicações: O perigo na fase adulta

A caxumba é geralmente uma doença leve em crianças, mas pode se tornar mais grave e causar complicações sérias em adolescentes e adultos. As complicações mais comuns são:

  • Orquite: Inflamação dos testículos em homens, que pode levar à infertilidade em casos raros.
  • Ooforite: Inflamação dos ovários em mulheres.
  • Meningite asséptica: Inflamação das membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal.
  • Pancreatite: Inflamação do pâncreas.
  • Surdez: O vírus pode causar perda auditiva permanente.

Prevenção e tratamento

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a caxumba. A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) é a principal ferramenta de proteção e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e em clínicas particulares. A vacina geralmente é aplicada em duas doses: a primeira aos 12 meses de idade e a segunda entre os 15 e 18 meses. Para adolescentes e adultos não vacinados, é importante procurar um posto de saúde para atualizar a carteira de vacinação.

Não existe um tratamento específico para a caxumba. A conduta é focada em aliviar os sintomas. É recomendado repouso, hidratação e o uso de analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, para controlar a dor e a febre. É importante também evitar alimentos ácidos, que podem estimular a salivação e causar mais dor. O isolamento social é crucial para evitar a disseminação do vírus para outras pessoas.

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