Brasileirão 2025: A Dança das Cadeiras dos Técnicos Atinge Níveis Alarmantes

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O Campeonato Brasileiro de 2025, ainda em suas primeiras rodadas, já se consolida como uma das edições com maior rotatividade de treinadores na história recente do futebol nacional. A famosa “dança das cadeiras” segue a todo vapor, com clubes buscando soluções rápidas para resultados que não chegam, ou para crises que se instalam.

Até o momento, um número impressionante de técnicos já deixou o comando de suas equipes, evidenciando a alta pressão e a impaciência no futebol brasileiro. Mais de uma dezena de mudanças já foram registradas, com alguns clubes inclusive já na segunda ou terceira troca de comando técnico na temporada.

A Lista da “Dança das Cadeiras” no Brasileirão 2025:

Confira os treinadores que já se despediram de seus clubes nesta edição do Campeonato Brasileiro:

  • Mano Menezes (Fluminense): Foi o primeiro a deixar o cargo, logo na 1ª rodada, após resultados insatisfatórios. Foi substituído por Renato Gaúcho.
  • Pedro Caixinha (Santos): Deixou o Peixe na 3ª rodada, após uma sequência de derrotas. Cléber Xavier assumiu em seu lugar.
  • Gustavo Quinteros (Grêmio): Demitido na 4ª rodada, após um início abaixo do esperado. Mano Menezes foi o escolhido para substituí-lo.
  • Ramón Díaz (Corinthians): Também na 4ª rodada, o argentino foi desligado do Timão, que trouxe Dorival Júnior para o comando.
  • Fábio Carille (Vasco): Saiu do Cruz-Maltino na 6ª rodada, após uma série de resultados negativos. Fernando Diniz foi o escolhido para a vaga.
  • Pepa (Sport): O técnico português encerrou seu ciclo no Leão da Ilha na 7ª rodada, com a equipe na lanterna. António Oliveira assumiu o posto.
  • Fábio Matias (Juventude): Deixou o clube gaúcho na 8ª rodada, após uma goleada e uma sequência de cinco jogos sem vencer. Cláudio Tencati foi o substituto.
  • António Oliveira (Sport): Após uma breve passagem de apenas quatro jogos, o técnico português também foi demitido do Sport, que buscou Daniel Paulista.
  • Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza): Apesar de uma história vitoriosa no clube, o argentino não resistiu a cinco derrotas consecutivas no Brasileirão e à eliminação na Copa do Nordeste. Renato Paiva foi o substituto.
  • Thiago Carpini (Vitória): Deixou o comando do Rubro-Negro baiano após uma campanha irregular e a eliminação na Copa do Nordeste. Fábio Carille assumiu o time.
  • Luís Zubeldía (São Paulo): O técnico argentino deixou o Tricolor paulista após um desempenho abaixo do esperado no Brasileirão, com o time próximo da zona de rebaixamento.
  • Renato Paiva (Botafogo): Apesar da histórica vitória sobre o PSG no Mundial de Clubes, o técnico português não resistiu à derrota nas oitavas para o Palmeiras e ao desgaste interno.

As Razões por Trás da Instabilidade:

A alta rotatividade de técnicos no futebol brasileiro é um problema crônico, impulsionado por uma série de fatores:

  • Pressão por Resultados Imediatos: A cultura do “ganhar a qualquer custo” leva a demissões rápidas diante de sequências negativas, sem dar tempo para o desenvolvimento de projetos a longo prazo.
  • Expectativas Elevadas: A paixão dos torcedores e a busca por títulos criam um ambiente de alta cobrança.
  • Crises Financeiras: Em alguns clubes, a instabilidade financeira e os atrasos salariais podem impactar o desempenho em campo e a relação com a comissão técnica.
  • Calendário Apertado: A intensa sequência de jogos em diversas competições dificulta o trabalho dos treinadores e a recuperação dos atletas.

A “dança das cadeiras” de 2025 reforça a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre a gestão no futebol brasileiro, buscando um equilíbrio entre a paixão pelo esporte e a construção de projetos sustentáveis.

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