Crise no Galo: Torcida Protesta e Cobra Menin e Jogadores por Pendências Financeiras
A Arena MRV, palco de tantas glórias recentes do Atlético-MG, foi cenário nesta quinta-feira (24) de um protesto que expôs a profunda frustração de parte da torcida alvinegra. Em um momento de crise financeira e insatisfação nos bastidores do clube, os gritos e faixas da “Massa” miraram diretamente no principal investidor da SAF, Rubens Menin, e em jogadores como Rony, Gustavo Scarpa e Igor Gomes.
O clima de “apequenamento” e revolta se fez sentir nos arredores do estádio. Torcedores organizaram manifestações com faixas, algumas delas com mensagens duras como “SAF sem vergonha” e “Fora 4 ratos”, em clara alusão ao grupo de empresários conhecido como “4Rs”, que comanda a Sociedade Anônima do Futebol do clube. O alvo principal das críticas era a gestão, cobrada por uma situação financeira que, apesar da SAF, ainda é delicada.
Jogadores Alvo de Cobrança:
A insatisfação se estendeu ao campo, com vaias e xingamentos direcionados a atletas que se tornaram protagonistas de uma polêmica nos últimos dias. Os meio-campistas Gustavo Scarpa e Igor Gomes, e o atacante Rony, foram duramente vaiados pela torcida. Gritos como “Scarpa otário” e “Rony, seu otário, tomar no…” ecoaram na Arena MRV, especialmente quando os jogadores tocavam na bola.
A razão para o descontentamento com esses atletas tem origem em notificações extrajudiciais enviadas ao clube, cobrando pendências financeiras. Rony, inclusive, chegou a pedir a rescisão de seu contrato na Justiça do Trabalho por atrasos em pagamentos de luvas, FGTS e direitos de imagem, embora tenha voltado atrás após um acordo com a diretoria. Igor Gomes e Scarpa também teriam notificado o clube por dívidas. A situação, que se tornou pública, gerou um mal-estar evidente entre os jogadores e a torcida.
A Resposta da Gestão e o Desafio Financeiro:
Diante do dia caótico e das cobranças, Rubens Menin, sócio majoritário da SAF, se pronunciou publicamente. Em nota, ele afirmou que “O Atlético tem responsabilidades, e as honra. Tem compromissos, e os cumpre. E tem um projeto de longo prazo sendo construído com trabalho duro, transparência e espírito coletivo”. O empresário também garantiu que os atrasos seriam quitados, com o dinheiro vindo de seu próprio bolso, em um esforço para estabilizar a situação.
A crise financeira do Atlético-MG, com uma dívida que se aproxima de R$ 1 bilhão, é o pano de fundo para a atual turbulência. Apesar dos investimentos da SAF, o clube ainda busca o equilíbrio financeiro, e os atrasos nos pagamentos, mesmo que pontuais, geram atritos e afetam o ambiente.
O momento é de grande desafio para o Atlético-MG. A paixão da torcida, que se manifesta tanto no apoio incondicional quanto na cobrança veemente, exige uma resposta rápida da gestão e do elenco para que o clube possa superar as adversidades e focar no desempenho em campo.
Publicar comentário