O que é a AIDS?

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A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença crônica, causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo contra doenças. O HIV, ao não ser tratado, enfraquece o sistema de defesa do corpo, permitindo o aparecimento de “doenças oportunistas”, que se aproveitam da baixa imunidade para se manifestar. É importante destacar que ter o vírus HIV não é o mesmo que ter AIDS. Muitas pessoas soropositivas vivem anos sem desenvolver a doença, principalmente com o tratamento adequado.

Sintomas e Fases da Infecção

A infecção pelo HIV pode ser dividida em fases:

  • Infecção Aguda: Ocorre logo após a exposição ao vírus (de 3 a 6 semanas). Os sintomas podem ser semelhantes aos de uma gripe, como febre, mal-estar, dor de cabeça e garganta inflamada. Por serem leves e passageiros, muitas vezes passam despercebidos.
  • Fase Assintomática (Crônica): Nesta fase, o vírus se multiplica silenciosamente, e a pessoa não apresenta sintomas. Este período pode durar anos, mas o vírus continua atacando o sistema imunológico.
  • AIDS (Estágio Avançado): Se o tratamento não é iniciado, o sistema imunológico fica gravemente comprometido, e a pessoa começa a manifestar os sintomas da AIDS, como febre persistente, diarreia prolongada, perda de peso sem causa aparente e o surgimento de infecções oportunistas, como tuberculose, pneumonia e certos tipos de câncer.

Prevenção e Tratamento: Avanços e Desafios

A prevenção continua sendo a melhor forma de combater a AIDS. O uso correto e consistente de preservativos (masculino e feminino) em todas as relações sexuais (vaginal, anal e oral) é o método mais eficaz contra o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Outras formas de prevenção incluem o uso de materiais esterilizados para procedimentos como tatuagens e acupuntura, e a não utilização de seringas e agulhas compartilhadas.

Atualmente, o avanço da medicina proporcionou tratamentos antirretrovirais (TARV) que permitem que a pessoa soropositiva tenha uma vida longa e com qualidade, suprimindo a carga viral a níveis indetectáveis. Isso não só melhora a saúde do paciente, como também impede a transmissão do vírus. O Brasil é uma referência mundial, oferecendo gratuitamente o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para todos que necessitam.

A testagem regular é fundamental para o diagnóstico precoce e o início do tratamento. O diagnóstico em tempo hábil permite que a pessoa viva de forma saudável, controlando a doença e prevenindo novas infecções.

Estatísticas e o Futuro

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 1 milhão de pessoas viviam com HIV no Brasil em 2022. No mundo, as estimativas do UNAIDS indicam que, em 2024, havia 40,8 milhões de pessoas vivendo com o vírus. Graças aos avanços nos tratamentos e às campanhas de prevenção, as mortes relacionadas à AIDS diminuíram significativamente nas últimas décadas. A luta agora é para atingir a meta global de acabar com a epidemia, garantindo que todos tenham acesso ao diagnóstico e tratamento, combatendo o estigma e a discriminação que ainda cercam a doença.

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