FEOCROMOCITOMA
Este é um estudo muito relevante, pois o feocromocitoma é um tumor raro, mas perigoso, que frequentemente é subdiagnosticado em cães devido aos seus sintomas inespecíficos.
A pesquisa recente, conduzida pelo Royal Veterinary College (RVC) e a Universidade de Utrecht, analisou registros veterinários de milhões de cães e identificou as raças com maior predisposição a desenvolver este tumor da glândula adrenal.
🐶 Raças com Maior Risco de Feocromocitoma
O feocromocitoma é um tumor que se desenvolve na medula adrenal (glândula suprarrenal) e causa a produção excessiva de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), o que pode levar a picos de hipertensão e complicações cardíacas graves.
O levantamento identificou as seguintes raças com um risco significativamente maior de desenvolver a doença em comparação com cães sem raça definida (SRD):
- Soft-Coated Wheaten Terrier:
- Risco: Esta raça demonstrou a maior predisposição, com uma probabilidade de diagnóstico 30,9 vezes maior em comparação com cães SRD.
- Pointer Alemão:
- Risco: Apresentou um risco cerca de 11 vezes maior.
- Schnauzer Miniatura:
- Risco: Esta popular raça tem um risco aproximadamente 4,7 vezes maior.
⚠️ Outros Fatores de Risco
O estudo também identificou fatores de risco que, combinados com a raça, aumentam ainda mais a probabilidade de diagnóstico:
- Idade: A maior probabilidade de diagnóstico ocorre em cães com idade entre 9 e 15 anos.
- Sexo: Cães machos castrados apresentaram uma probabilidade 2,2 a 2,4 vezes maior em comparação com machos inteiros ou fêmeas.
- Tendência Geral: De forma geral, cães da família dos Terriers e raças que já são propensas a outros tumores endócrinos (hormonais) também apresentaram risco maior.
📉 Raças com Menor Risco
Em contrapartida, a pesquisa apontou raças que demonstraram ter uma menor predisposição ao feocromocitoma, como o Cocker Spaniel Inglês e o Labrador Retriever.
🩺 Por que a Identificação é Crucial
O feocromocitoma é perigoso porque seus sinais clínicos (colapsos, taquicardia, hipertensão) são intermitentes e vagos, podendo ser facilmente confundidos com outras doenças cardíacas ou neurológicas. A identificação das raças de risco alerta os veterinários para a necessidade de incluir este tumor no diagnóstico diferencial de cães idosos com esses sintomas, possibilitando um diagnóstico precoce e aumentando as chances de tratamento bem-sucedido.



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