Siga-nos

Brasil

A VERDADEIRA FACE DE ALEXANDRE KALIL

Publicado

em

Alexandre Kalil, figura conhecida no cenário mineiro, acumulou passagens tanto pela presidência do Atlético Mineiro quanto pela prefeitura de Belo Horizonte.

Contudo, sua trajetória é marcada por uma série de controvérsias e promessas não cumpridas, que deixaram um rastro de insatisfação e questionamentos sobre sua gestão em ambas as esferas .

À frente do Atlético Mineiro, Kalil conquistou a tão sonhada Libertadores em 2013, um feito que marcou sua gestão.

No entanto, essa conquista veio acompanhada de um aumento significativo na dívida do clube, que ultrapassou a casa dos R$ 400 milhões.

Promessas de saneamento financeiro e investimentos em infraestrutura não se concretizaram, deixando o clube em uma situação delicada.

A gestão de Kalil à frente do clube, no entanto, passou por escrutínio a pedido de Sergio Sette Câmara, pai do piloto Sergio Sette Camara Filho e presidente do Atlético Mineiro de 2017 a 2020.

O relatório foi produzido pela consultoria Kroll.

Tivemos acesso ao documento, finalizado em 5 de outubro de 2020 e que teve trechos vazados na internet antes de sua conclusão.

O documento mostra que premiações de ao menos 4 jogadores foram repassadas a terceiros durante a presidência de Kalil, totalizando R$ 3,54 milhões.

Segundo a Lei Pelé (9.615 de 1998), bônus e gratificações devem ser pagos diretamente aos atletas.

Os 4R’s do Galo

Kalil já se referiu aos donos da SAF como “aqueles caras” e disse não gostar deles –o grupo inclui os empresários Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador.

Ele deu a declaração durante entrevista ao podcast Charla, em 8 de setembro de 2024. ( clique aqui para assistir).

Essa EXTENSA investigação feita pela empresa KROLL, contratada pelo PRÓPRIO CLUBE, identificou desvios EXORBITANTES com despesas pessoais de Kalil e de sua família, gastos que não teriam qualquer ligação com suas funções como dirigente do clube.

Foram passagens aéreas para Aruba, Líbano e até Dubai, hotéis “all-inclusive”, diversas hospedagens no Copacabana Palace.

Esses dados são apenas uma parte do relatório apresentado pela investigação.

A reportagem teve acesso ao relatório e esta de posse do mesmo, assim como as cópias das Notas Fiscais que comprovam os gastos feitos no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, que chegam a um valor de R$129.523,31.

Na prefeitura de Belo Horizonte, Kalil enfrentou desafios na gestão da cidade, especialmente durante a pandemia de COVID-19.

Críticas à sua administração incluíram a falta de transparência em contratos emergenciais, problemas na área da saúde e mobilidade urbana, além de acusações de favorecimento a empresas ligadas a aliados políticos.

Conhecido por seu estilo polêmico e declarações contundentes, Kalil muitas vezes se viu envolvido em disputas e atritos com adversários políticos e a imprensa. ( Incluir aquela briga dele com um reporter no interior que ele diz que vai jogar o rapaz pela janela).

Suas promessas de campanha, tanto no Atlético quanto na prefeitura, nem sempre se traduziram em ações concretas, gerando frustração e desconfiança em parte da população.

Ao final de sua trajetória, Kalil deixa um legado questionável, marcado por conquistas pontuais, mas também por controvérsias, promessas não cumpridas e uma gestão muitas vezes criticada por falta de transparência e eficiência.

Sua passagem pelo Atlético e pela prefeitura de Belo Horizonte certamente será lembrada como um período de altos e baixos, com resultados que dividem opiniões e deixam um gosto amargo para muitos mineiros.

E para fechar com chave que não é de ouro, Kalil cometeu um erro imperdoável na política, que é a traição.

Kalil abandonou o partido que lhe alçou a candidato ao governo de Minas, o PSD, nas últimas eleições ao governo de Minas, com apoio do Presidente Lula e se aliou ao seu inimigo político no estado, o governador Romeu Zema, para apoiar a campanha do candidato Mauro Tramonte a prefeitura de Belo Horizonte, indo contra seu ex-Vice e atual Prefeito Fuad Noman.

Parafraseando o caudilho Leonel de Moura Brizola, falecido no ano de 2004: “A política ama a traição, mas abomina o traidor”