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Adoção responsável e por que ela é tão importante

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Cerca de um terço dos animais de estimação no mundo, 362 milhões deles, não possui um lar, de acordo com o “Índice de Abandono Animal”, maior e mais recente estudo internacional sobre o assunto, realizado pela empresa internacional de alimentação Mars Petcare.

Só no Brasil, são aproximadamente 30,2 milhões de cães e gatos que vivem nas ruas ou em abrigos aguardando adoção, o que corresponde a 25% da população total desses animais.

Andressa Nathalie Nunes, professora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Una Sete Lagoas, explica que o tutor precisa ter consciência de que a adoção traz com ela responsabilidades e compromissos, para que não haja nenhum tipo de frustração para ambos os envolvidos”.

De acordo com a docente, quem vai adotar um bichinho precisa saber que a vida vai mudar a partir dessa decisão.

“Não é só amor, tem que ter disponibilidade de horários, tempo para dar atenção e os devidos cuidados, renda disponível para atender as necessidades do animal, inclusive nutricionais.

E entender que, às vezes, será preciso renunciar a algumas situações nas quais não cabe seu pet ou pode prejudicá-lo”.

A professora aponta os benefícios da adoção. “É um ato extremamente significativo para o animal, que terá a chance de ir para um lar que vai proporcionar, além de abrigo e espaço adequado para o seu descanso e lazer, também carinho, proteção e apoio nas fases mais difíceis, como a velhice e os tratamentos de doenças.

E para a família, pois esta terá um novo membro, uma nova rotina e mais alegria, pois é reconhecido que pets contribuem para a redução do estresse e, muitas vezes, ajudam também a superar perdas e outras situações difíceis”.

Young smiling african lady in casual clothes iron and hugging dog while sitting in park

Orientações para quem vai adotar

Andressa salienta os principais cuidados que um tutor deve ter ao adotar.

“Vão além de fornecer comida e água, pois o bichinho precisa de atenção em relação a castração, vermifugação correta, vacinação regular, higiene completa, alimentação adequada, controle de ectoparasitas (pulgas e carrapatos) e visitas periódicas ao médico veterinário para checar se a saúde está em dia, entre outros aspectos importantes”.

A especialista evidencia os custos envolvidos. “Os gastos não são fixos, dependem uma série de fatores, como o tamanho, a alimentação, a periodicidade de ida ao médico veterinário e se ele tem alguma comorbidade ou alguma necessidade, além das básicas.

Em média, os custos giram em torno de R$ 250-300 por mês, o que pode variar conforme a região, os hábitos de manejo e os cuidados com o mascote”.

A veterinária dá orientações sobre como preparar a casa para a chegada de um novo membro. “Organize o espaço com antecedência, garantindo que o animal tenha um local seguro e confortável para se adaptar ao novo lar.

Providencie os itens básicos, como cama, comedouro, bebedouro, brinquedos, e defina os espaços onde ele poderá circular livremente”.

Andressa destaca os principais cuidados de saúde que um tutor deve ter. “Os animais recém adotados devem receber antiparasitários regularmente para controle de pulgas e carrapatos.

É essencial ainda conferir e manter atualizado o cartão de vacina, e de acordo com a necessidade, avaliar a periodicidade do banho a regularidade das visitas ao médico veterinário.

E acima de tudo, sempre observar o animal, pois as mudanças de comportamento são sinais relevantes para o estado de saúde do bichinho”.

Sobre a ocorrência de problemas de comportamento em animais adotados, a docente ressalta que “é fundamental procurar entender a causa, perceber o que desencadeia o problema no cachorro ou no gato”.

E dá algumas dicas:

  • Busque deixar o ambiente adequado para que o pet se sinta seguro e confortável;
  • Procure facilitar a ⁠adaptação do animal ao ambiente e deixe que ele se comporte à sua maneira natural;
  • Ajude-o a gastar energia, com passeios, brinquedos e brincadeiras;
  • Cuide da socialização do cão, da maneira como ele reage a outros cachorros e a pessoas, conhecidas e estranhas. Seja firme e seguro ao dar os comandos;
  • Considere a ajuda de um adestrador ou de um profissional especializado.