Brasília
Animais de estimação vivem em quase metade dos imóveis alugados em BH, no Rio e em SP
O percentual de contratos assinados em que os moradores tem a companhia de pets cresceu durante a pandemia e já se mostra uma tendência nas principais capitais do país.
Um levantamento realizado pelo QuintoAndar, maior plataforma de moradia da América Latina, revela que dois em cada cinco imóveis alugados pela plataforma no Rio de Janeiro (41%), em Belo Horizonte (40%) e em São Paulo (43%) é habitado também por animais de estimação.
Além de demonstrar o carinho dos belo-horizontinos, cariocas e dos paulistanos pelos animais, os dados inéditos e exclusivos reforçam levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), que indica que o segmento vem crescendo na economia brasileira.
O aumento dos pets nos lares cresceu especialmente durante a pandemia. No início da crise sanitária, as adoções de animais chegaram a aumentar até 400%, segundo dados da União Internacional Protetora dos Animais.
Apesar de o pico de imóveis alugados com pets ter ocorrido em 2022 nas três capitais, o patamar se mantém elevado, indicando uma tendência nos lares.
No segundo trimestre de 2019, por exemplo, esse percentual era de 36% no Rio de Janeiro; já no segundo trimestre de 2023 ele aumentou para 41%.
Em BH, ele cresceu de 29% para 40% no período; e, em São Paulo, foi de 35% para 43%.
“Ter animais como companhia dentro dos imóveis é uma tendência que vem se consolidando em diversas capitais do país.
O Censo QuintoAndar de Moradia, feito em parceria com o Datafolha, já mostrou que o Brasil é cada vez mais uma nação de pais de pets”, diz Thiago Reis, gerente de Dados do QuintoAndar.
“Pensando em contribuir para que mais pessoas morem melhor e realizem esse sonho, disponibilizamos desde 2020 para os nossos clientes o filtro de busca ‘aceita pet’, que está entre os mais usados na plataforma.”
O Censo QuintoAndar de Moradia indica que os cachorros são os animais mais frequentes nas regiões metropolitanas das três cidades.
“As pessoas passaram a ficar mais tempo em casa e muitas ainda continuam trabalhando em home office ou em um esquema híbrido, o que fez com que o número de pessoas com bichinhos se mantivesse num patamar bastante alto”, afirma Thiago Reis.
“A crescente na demanda de quem busca uma propriedade indica que negociar e ser flexível pode ser uma oportunidade para proprietários encontrarem um inquilino mais rapidamente e criar uma boa relação com aquele que vai habitar sua residência”, explica.
Dados da Abinpet mostram que há 167,6 milhões de pets no Brasil e que o país ocupa a 3ª posição no faturamento do mercado mundial, que cresceu 5,4% no ano passado, totalizando US$ 149,8 bilhões.
Metodologia: Para fazer o levantamento, foram considerados todos os contratos assinados pelo QuintoAndar nas três capitais em cada trimestre.