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Cerca de 85% da população não vacina animais domésticos: Entenda indicação e importância de manter a carteirinha em dia

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Cerca de 85% da população brasileira não realiza a vacinação de pets, de acordo com dados disponibilizados pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sidan, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, o número indica uma baixa cobertura vacinal contra zoonoses e doenças infecciosas que atingem animais domésticos, especificamente cães e gatos.

Quanto maior o número de animais vacinados em uma população, menor a chance de transmissão de doenças, mas para que haja o controle das doenças infecciosas em uma população, pelo menos 70% dos animais devem ser vacinados, garantindo assim, a chamada imunidade de rebanho.

Por isso, tutores de primeira viagem ou aqueles que ainda não vacinaram seus animais devem ficar atentos às indicações e ao calendário vacinal específico para cada pet, como forma de garantir a imunidade e protegê-lo de doenças, sendo as mais comuns a cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa canina, leptospirose, raiva e doenças causadas por vírus respiratórios.

“Cada pet tem um estilo de vida e de histórico materno diferente. Por isso é importante se atentar ao cronograma vacinal principalmente se você não conhece a mãe do seu pet para identificar se havia nela um esquema vacinal adequado capaz de ser transmitido pela amamentação no início da vida do filhote.

A duração desses anticorpos também pode variar, reforçando a importância de se manter atento às vacinas nas primeiras semanas do seu animal de estimação”, afirma Marina Bonfim, gerente técnica da Agener União.

A partir do nascimento, o pet passa por uma janela de suscetibilidade maior às infecções entre a 8ª a 16ª semana de vida, momento em que a quantidade de anticorpos que vieram da mãe cai abaixo do nível de proteção e a vacina ainda não é capaz de proteger, dessa forma o protocolo vacinal deve terminar com 16 semanas de vida ou mais, para que a presença dos anticorpos maternos não cause competitividade ou inativação dos anticorpos produzidos pela vacina.

Sendo assim, saber quando iniciar e principalmente quando terminar o protocolo vacinal, pode ser um fator determinante para o melhor desempenho da vacina.

Cuidados e orientações

Durante todo o período de vacinação, até pelo menos duas semanas após a última dose, é essencial que o filhote permaneça isolado, sem contato com ambientes públicos e animais não vacinados.

Nas primeiras 24 horas após a vacina é possível ocorrer reações, que geralmente são leves e de curta duração. O tutor poderá perceber febre baixa, sonolência, dor no local da aplicação ou formação de nódulo no local, que regride progressivamente.

É preciso estar atento ao aparecimento de edema facial, urticárias e também reações graves (choque anafilático), que são mais raras. Caso ocorra, o animal deverá retornar, no mesmo momento, para a clínica ou hospital veterinário para o tratamento adequado.

Após o esquema de vacinação das primeiras 16 semanas de vida o especialista reforça a importância da vacinação anual.

Esquema vacinal individualizado para cães

O protocolo vacinal é individual e definido de acordo com a idade do animal, estilo de vida e o risco de infecção. O médico veterinário, junto com o tutor vão definir com base nessas informações o melhor esquema que atende as necessidades daquele pet.

O protocolo individualizado segue uma previsão de risco de infecções e chances aumentadas para zoonoses, definido de acordo com a exposição do animal, contato social com outros animais e o ambiente em que ele vive:

Alto risco:

pets que entram em contato com área externa da casa e locais públicos, como praças, ruas, shopping, pet shop, banho e tosa; que entram em contato com água de chuva, rios e lagoas; locais com espécies rurais ou silvestres, como fazenda e sítio, áreas afastadas dos grandes centros; quando o contato pode ocorrer com 1 único ou mais de 1 outro animal sem histórico de saúde e vacinação.

Médio risco:

pet que vive em casa, ambientes externos da casa (quintal, gramado) e não tem acesso a locais públicos; quando entra em contato com ao menos 1 animal com histórico de saúde e vacinado, vermifugado e sem ectoparasitas.

Baixo risco:

pet circula apenas em ambiente interno, apartamento, sem acesso a quintais, gramados ou áreas de difícil desinfecção, sem acesso a locais públicos, e quando é único animal na casa e não entra em contato com outros animais.