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COLUNA DO SILVIO AZEVEDO; Se nome sujo desse cadeia! Você se importaria mais com este assunto?

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Se ter o nome sujo fosse motivo de prisão ou acarretasse consequências mais severas, será que o Brasil ainda contaria com 66,12 milhões de inadimplentes? Atualmente, essa realidade afeta uma em cada três pessoas no país, o que revela um problema crônico e profundamente enraizado na nossa sociedade.

Expressando-se de maneira direta, mesmo que uma pessoa não pague suas dívidas, seja por má-fé ou descontrole financeiro, pode até tentar ignorar as consequências, mas essa postura é apenas uma ilusão. As repercussões das dívidas vão muito além da esfera financeira, infiltrando-se na saúde mental, nas relações sociais e no desempenho profissional de forma devastadora.

Impacto na Saúde Mental: Imagine Carlos, um pai de família que, devido ao alto nível de dívida, sofre de depressão severa. Ele sente uma constante falta de energia e desinteresse pela vida, afetando seu relacionamento com sua esposa e filhos. Este caso reflete o estudo de Gathergood (2012), onde 29% dos endividados reportam sintomas de depressão. Além disso, Ana, uma jovem profissional, enfrenta estresse diário ao pensar em como pagar suas contas, o que aumenta sua ansiedade e dificulta sua capacidade de foco e relaxamento.

Impacto Social e Familiar: João e Maria discutem frequentemente sobre dinheiro. Esses conflitos financeiros levam a um desgaste em seu casamento, culminando em divórcio, refletindo o estudo de Dew (2008) que mostra como 45% dos casais com frequentes conflitos financeiros acabam se separando. Já Lucas, endividado, evita sair com amigos por vergonha de sua situação financeira, ilustrando o isolamento social relatado por 33% das pessoas endividadas no estudo de Sweet et al. (2013).

Impacto no Desempenho Profissional: Claudia, uma funcionária competente, começa a faltar ao trabalho devido à ansiedade gerada por suas dívidas. Isso não só reduz sua produtividade, mas também coloca sua carreira em risco, como mostrado no estudo de Kim, Sorhaindo e Garman (2003), onde empregados endividados são 11% mais propensos a faltar ao trabalho.

Ao longo dos meus 16 anos de experiência no mercado, posso assegurar que Carlos, João, Maria, Claudia e Ana são mais do que simples personagens de exemplos; eles representam histórias reais que vejo todos os dias. Claro, esses não são seus nomes verdadeiros, mas suas experiências são universais. Quantas vezes você já se encontrou ou conheceu alguém em uma situação similar? Alguma vez você já abordou abertamente suas próprias dívidas sem usar o humor como escudo?

Se você está realmente interessado em aprender mais sobre finanças, comece com um olhar introspectivo. Reflita sobre as dicas que mencionei (de 1 a 5) e pense: o que você poderia fazer para melhorar sua própria vida financeira? Lembre-se, os benefícios de estar financeiramente saudável transcendem o valor monetário.

Dicas para Recuperação Financeira:

Análise financeira pessoal: Sente-se e faça um levantamento completo do que entra e sai financeiramente na sua vida. Isso pode ser desconfortável e fazer você se sentir incompetente, mas é essencial para mudar sua situação.

Corte gastos desnecessários: Identifique quais despesas podem ser eliminadas imediatamente para reduzir seus gastos.

Renegociação de dívidas: Determine quais dívidas precisam ser renegociadas imediatamente e quais podem esperar. Agir estrategicamente pode aliviar sua carga financeira.

Priorize necessidades básicas: Sempre garanta o pagamento de despesas essenciais como água, luz, alimentação e internet. Sua subsistência e a de sua família devem ser sua prioridade máxima.

Aumente suas fontes de renda: Explore formas de aumentar sua renda, seja através de um segundo trabalho, freelancing ou qualquer outra atividade que possa complementar seu orçamento.

Gostou do assunto? Fique atento ao nosso site, pois amanhã traremos mais informações para ajudá-lo a superar suas dívidas! Afinal, um país só cresce quando há consumo, emprego e crédito. Nós podemos melhorar e mudar esta realidade.

Se tiver alguma dúvida ou ideia para um tema que gostaria de ver aqui, não hesite em me mandar um email para [email protected] ou me siga no Instagram @silviocazevedo.

1 Comentário

1 Comentário

  1. Cristiano

    maio 15, 2024 at 2:28 pm

    Assunto tabu mas que é importantíssimo falarmos. Gostei das dicas e principalmente da maneira de como encarar isso: de frente e com ações práticas.

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