BH e Região Metropolitana
Pesquisas da fauna e flora de parques são destaques na Semana do Conhecimento
A Semana do Conhecimento, realizada na Zoobotânica de BH, contou com mais um dia de discussões em torno de projetos e pesquisas desenvolvidos na área ambiental Dentre as temáticas, foi destaque a flora do Jardim Botânico e de alguns parques da cidade
A Semana do Conhecimento, realizada na Zoobotânica de BH, contou com mais um dia de discussões em torno de projetos e pesquisas desenvolvidos na área ambiental. Dentre as temáticas, foi destaque a flora do Jardim Botânico e de alguns parques da cidade. As atividades vão até nesta sexta-feira (14), confira a
programação
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A programação da manhã contou com destaque para trabalhos do Jardim Botânico (JB), administrado pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), como a coleção de frutos e sementes (carpoteca) e a etnobotânica, e também do acervo de seu Herbário, que conta com espécies de coleções vivas e reservas da instituição, além daquelas obtidas por coletas realizadas em todo o estado. Já no período da tarde, foram apresentados diagnósticos da fauna e da flora do Parque Ursulina de Andrade Mello, na região da Pampulha. Os resultados servirão como base para o Plano de Manejo, um documento técnico que serve como orientador para as ações de gestão da unidade.
No que diz respeito à flora do Parque Ursulina, foi detectada a necessidade de controle urgente de algumas espécies invasoras e em hiper abundância, dentre elas, as trepadeiras. O trabalho possibilitou, ainda, entender melhor a distribuição da fauna urbana, uma vez que já se conhece os habitats e recursos alimentares disponíveis. “O conhecimento da flora que um parque abriga é de fundamental importância para o seu manejo. Através da caracterização de sua vegetação, que se traduz em sua lista de espécies, bem como a forma como ela se distribui no espaço de acordo com o relevo, os corpos d’água e os tipos de solo, é possível realizar a preservação do espaço e, quando necessário, propor ações de restauração de seus ecossistemas com base em dados confiáveis. No caso do Parque Ursulina, mesmo sendo um levantamento florístico preliminar, ele foi fundamental para direcionar os plantios de recuperação após o grande incêndio ocorrido em 2020”, explica a bióloga do JB e responsável pelo projeto, Maria Guadalupe Carvalho.
Já em relação à fauna, foi realizado um levantamento, com dados secundários, dos grupos existentes, de vertebrados e de invertebrados, indicando a composição das espécies e as que são endêmicas de Mata Atlântica e Cerrado, ou seja, àquelas que ocorrem de forma habitual nesses biomas. Esse levantamento é importante para que se entenda melhor essas espécies que são exclusivas de um ecossistema e necessitam de uma atenção maior, além das espécies ameaçadas de extinção. “Além da importância dessas informações para o manejo, o Parque Ursulina é uma área pouco estudada. Então, os dados apurados ajudaram a levantar novos estudos que precisam ser feitos, como, por exemplo, o diagnóstico dos répteis e dos anfíbios do parque, que ainda não existe. Há alguns levantamentos sobre peixes, inclusive indicando espécies exóticas, ou seja, que não são do bioma ou do país, e essas espécies ameaçam as nativas”, conta a bióloga educadora ambiental FPMZB, Nadja Simbera Hemétrio.
Programação termina nesta sexta (14)
No último dia de atividade da Semana do Conhecimento, nesta sexta-feira (14), serão apresentadas 15 pesquisas. Dentre os temas, está o uso de enriquecimento ambiental para redução de estresse de animais, a conservação de polinizadores especializados em paisagens urbanas, com a avaliação dos impactos nas redes de interação entre as plantas e beija-flor, e a avaliação da dieta e comportamento alimentar do Chimpanzé Serafim. Muito querido pelos visitantes, o animal conta com uma alimentação diferenciada por conta do controle de sua diabetes. Também terá destaque a experiência do JB com o uso de homeopatia em plantas. A programação completa está disponível
on-line
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