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Profissão Repórter mostra a luta das mulheres por diagnóstico e tratamento do câncer de mama e colo de útero

Número de casos no país aumentou 40% nos últimos dez anos

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Profissão Repórter

Nesta terça-feira (30), o Profissão Repórter vai acompanhar a luta de mulheres que sofreram com o diagnóstico tardio e com a dificuldade de acesso ao tratamento do câncer de mama e de colo do útero, doenças que matam, em média, dezoito mulheres por dia no Brasil. Nos últimos dez anos, o número de casos no país aumentou 40%. A reportagem especial será exibida logo após o episódio de Sob Pressão .

No Rio de Janeiro, a incidência de câncer de mama é quase o dobro da média nacional.  O repórter André Neves Sampaio e o repórter cinematográfico Fernando Grolla visitam o maior hospital público para o tratamento de câncer de mama do estado para contar a história de mulheres que lutam para ter acesso ao tratamento da doença.

A paciente Leila Cristina da Silva, de 49 anos, teve que retirar uma das mamas para tratar um câncer agressivo. Hoje, cinco anos depois do primeiro diagnóstico, ela foi novamente diagnosticada com câncer de mama, mas como o tumor foi descoberto rapidamente, a paciente está otimista com a recuperação. “São quatro meses de quimioterapia. Tenho medo, mas vou de novo, vou enfrentar, lutar! Não vou desistir jamais porque gosto muito de viver” , disse Leila.

O diretor do Instituto Nacional de Câncer III, Marcelo Bello, fala sobre a importância de ter diagnóstico o quanto antes. “O câncer de mama é um dos que a gente mais estuda. Se a gente receber a paciente na hora certa, com certeza vamos conseguir muito sucesso nesse tratamento “.

O câncer de colo de útero é o tipo que mais mata as mulheres na região Norte do Brasil. O estado do Amazonas concentra o maior número de casos, sendo 31 a cada 100 mil mulheres, quase o triplo da média nacional. No programa desta semana, a repórter Nathalia Tavolieri e os técnicos Ibraim Damasceno e Felipe Pereira conhecem mulheres que estão em tratamento na Fundação Cecon – o único hospital oncológico existente para pacientes dos 62 municípios do estado. A demanda é tão alta, que o governo promete inaugurar em julho um centro anexo ao hospital exclusivamente para pequenas cirurgias de prevenção do câncer.

Criado há 18 anos, o Lar das Marias, em Manaus, funciona como um abrigo para mulheres que precisam de um lugar para ficar durante o longo tratamento. Atualmente, são 25 pacientes e cerca de 70% está com câncer de colo uterino. Uma delas é Jucilene Cardoso, de Parintins, que descobriu o tumor por acaso, depois de anos sofrendo dores sem saber o motivo. Ivanete Gama, de 60 anos, está em tratamento há três e conta que descobriu o câncer já em estágio avançado. Faz quimioterapia pela segunda vez tem complicações decorrentes da radioterapia. O programa também acompanha Jucilene na longa viagem de 30 horas de barco até a capital e também a adaptação de Ivanete ao uso da bolsa de colostomia.

Em Manaus, profissionais da saúde realizam ações de conscientização sobre a importância da vacina em escolas públicas e tentativas de testagem por auto coleta em zonas rurais. O HPV (Papilomavírus humano) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns do mundo, responsável por 99% dos casos de câncer de colo uterino. Estima-se que 8 a cada 10 pessoas serão infectadas em alguma fase da vida, mas a maioria das pessoas é assintomática. A camisinha não garante proteção total contra a doença e a forma mais eficaz de prevenção é a vacina – que, este ano, completa 10 anos no SUS.

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