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BH e Região Metropolitana

Edição de “Diálogos MAP” recebe Retratistas do Morro

A Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com o Viaduto das Artes, realiza nesta quinta-feira (13), às 19h, mais um “Diálogos MAP” da 9ª edição do Bolsa Pampulha Com o objetivo de refletir sobre como a preservação da memória dá sentido ao território em que vivemos, são convidados da noite os integrantes do projeto Retratistas do Morro

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Edição de “Diálogos MAP” recebe Retratistas do Morro

A Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com o Viaduto das Artes, realiza nesta quinta-feira (13), às 19h, mais um “Diálogos MAP” da 9ª edição do Bolsa Pampulha. Com o objetivo de refletir sobre como a preservação da memória dá sentido ao território em que vivemos, são convidados da noite os integrantes do projeto Retratistas do Morro. Ao lado do pesquisador e curador do projeto Guilherme Cunha, os fotógrafos Afonso Pimenta e João Mendes vão abordar o conjunto de ações ligadas aos campos da pesquisa de imagens, historicidade, vivências comunitárias e a preservação de memória oral e visual do coletivo. Além disso, o público interessado terá contato com as reflexões propostas por eles sobre as mudanças fundamentais nos modelos de percepção promovidas por essas fotografias. A atividade, que será no Teatro de Bolso Sesiminas, é gratuita, sem necessidade de inscrições (sujeito à lotação). Mais informações estão disponíveis na página do Bolsa Pampulha.

Com iniciativa do Museu de Arte da Pampulha (MAP), o “Diálogos MAP” faz parte da programação de atividades presenciais e abertas ao público da 9ª edição do Bolsa Pampulha.

O projeto Retratistas do Morro tem por objetivo contribuir para construção de uma narrativa da história recente das imagens brasileiras baseada no entendimento e reconhecimento sobre a existência do movimento de fotógrafos que viveram e trabalharam nas favelas registrando, cotidianamente, os modos de vida de suas comunidades, ao longo do último meio século. “No encontro, serão feitas reflexões sobre as mudanças fundamentais nos modelos de percepção promovidas por essas fotografias do projeto”, ressalta o curador Guilherme Cunha.

Juliana Gontijo, uma das curadoras da 9ª edição do Bolsa Pampulha, explica que o convite aos Retratistas do Morro é oportuno para que bolsistas e o público interessado acessem mais a discussão sobre como modos não-hegemônicos de constituir arquivos podem ajudar na construção narrativas plurais da história. “Afonso Pimenta e João Mendes são dois fotógrafos que passaram mais de 50 anos registrando fotograficamente a comunidade Aglomerado da Serra, na zona sul de Belo Horizonte, e possuem um acervo de milhares de fotografias que estão sendo catalogadas, restauradas e conservadas pelo projeto”, afirma.

Sobre o Bolsa Pampulha

O Bolsa Pampulha é um programa consolidado de arte contemporânea e se apresenta como uma das primeiras residências artísticas do Brasil. Sua origem remonta ao Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte, realizado desde 1937. Em 2003, após reformulação, ganhou o formato atual, de forma a evidenciar e dialogar com as oportunidades da arte e da cultura contemporâneas.

Uma das principais iniciativas do MAP, instituição vinculada à Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, o Bolsa Pampulha reforça o museu como espaço de formação, pesquisa e experimentação junto à comunidade artística local e nacional, algo testemunhado ao longo de suas edições anteriores. Enquanto política pública de cultura, o Bolsa Pampulha confere visibilidade à trajetória de relevantes nomes das artes visuais brasileiras que passaram pelas residências do programa, como Cinthia Marcelle, Paulo Nazareth, Marilá Dardot, Desali, Janaína Wagner, Rafael RG, Marcellvs L, Luana Vitra, Froiid, entre outros.

Como parte integrante do programa, estão previstos encontros mensais, leituras de portfólio, debates, oficinas, palestras abertas ao público, presencial ou virtual, além de uma Mostra de encerramento e a publicação de um catálogo, ambos com as obras dos bolsistas contemplados. Fazem parte da equipe curatorial as pesquisadoras Juliana Gontijo e Pollyana Quintella e, da tutorial, o artista multidisciplinar Froiid e o pesquisador Lucas Menezes. Em parceria, eles irão contribuir ao longo dos processos de pesquisa, formação, experimentação e criação dos bolsistas.

Descentralização e Território – Descentralizar o fomento à arte contemporânea é uma das propostas desta edição do Bolsa Pampulha. A parceria com o Viaduto das Artes tem como objetivo ampliar esse caráter de democratização artística. O MAP, que encontra-se em obras de restauro, segue atuante também por meio do Bolsa Pampulha – que está em sua 9ª edição. Dessa forma, o programa confirma sua expansão pela cidade e mantém o MAP como importante ponto de diálogo e convergência.

Para fortalecer a compreensão da cidade expandida, as residências artísticas desta edição do Bolsa Pampulha se configuram como um intercâmbio cultural em contato constante com o território ampliado de Belo Horizonte, envolvendo especialmente a Região Metropolitana.

Museu de Arte da Pampulha

Inaugurado em 1957, o MAP exerce um relevante papel na formação, desenvolvimento e consolidação do ambiente artístico e cultural de Belo Horizonte. Seu acervo conta com importantes obras e documentos que permitem revisitar a história da arte moderna e contemporânea brasileira, com especial destaque para o seu edifício-sede.

O prédio, projetado por Oscar Niemeyer na década de 1940, é uma referência icônica para a arquitetura moderna brasileira e dos mais representativos cartões-postais de Belo Horizonte. Desde 2016, o Conjunto Moderno da Pampulha é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Viaduto das Artes

O Viaduto das Artes é um equipamento cultural e multidisciplinar instalado no Barreiro, região periférica de Belo Horizonte. Conta com galeria de arte, biblioteca, ateliês, jardim de esculturas, espaços formativos e expositivos instalados no baixo do viaduto Engenheiro Andrade Pinto, na avenida Olinto Meireles, 45. Com área aproximada de 1.000 m², o local recebe eventos em vários formatos, como exposições, shows, oficinas, espetáculos teatrais, entre outros.

O Viaduto das Artes mantém diálogo cotidiano com a comunidade ao redor, e trabalha em prol do impacto cultural, educacional e social naquele território. A região, que engloba mais de 300 mil habitantes, exibe um cenário de tensões sociais e econômicas comuns à periferia de qualquer grande cidade brasileira. O equipamento cultural cumpre um raro papel de aproximação e transformação junto a essa vizinhança.

Serviço

Diálogos MAP – 9ª edição do Bolsa Pampulha

Palestra com Retratistas do Morro

13 de maio, às 19h

Teatro de Bolso Sesiminas – Rua Padre Marinho, 60 – Santa Efigênia

Entrada gratuita

Mais informações em: pbh.gov.br/bolsapampulha