São Paulo
FIESP DEBATE PROGRAMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS DE ZERO A DEZ ANOS
Projeto-piloto de alimentação na infância desenvolvido pela entidade com apoio do Sesi-SP e do Ciesp será implementado no Vale do Ribeira, a partir de maio, e na região de Araraquara, em abril
Projeto-piloto de alimentação na infância desenvolvido pela entidade com apoio do Sesi-SP e do Ciesp será implementado no Vale do Ribeira, a partir de maio, e na região de Araraquara, em abril Na reunião de abertura dos trabalhos anuais do Conselho Superior de Responsabilidade Social (Consocial) da Fiesp, realizada nesta quarta-feira (20/3), o presidente do Conselho, Raul Cutait, afirmou que o Programa Alimentar o Futuro, desenvolvido pela Fiesp, em parceria com o Ciesp e o Sesi-SP, foi criado em resposta aos alarmantes indicadores de fome no Brasil, que se agravaram durante a pandemia da Covid-19, quando apenas 4 em cada 10 famílias tinham acesso adequado à alimentação.
“O estado de São Paulo, talvez muitos não saibam, tem 6,8 milhões de pessoas que passam fome, isso é mais acentuado em casas que têm crianças de zero a dez anos”, pontuou Cutait.
Para atuar no enfrentamento deste problema, foi lançado, no ano passado, o projeto piloto de Segurança Alimentar e Nutricional do Consocial em duas regiões economicamente distintas do estado. Uma é o Vale do Ribeira, que tem os piores resultados em indicadores como PIB per capita e mortalidade infantil e a outra é a região de Araraquara, que tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Municipal considerado elevado pelas Nações Unidas.
Aracélia Costa, consultora do Consocial e especialista em políticas sociais de inclusão e diversidade, disse que o lançamento regional do programa será realizado no dia 11 de abril de 2024 em Araraquara, com assinatura de Protocolo de Intenções com 18 prefeituras, além da apresentação das ações previstas no programa. No Vale do Ribeira, o lançamento regional está previsto para ocorrer na 1ª quinzena de maio, com 24 prefeituras.
As ações previstas no Programa Alimentar o Futuro devem alcançar as crianças que se encontram em creches e as que estão fora das instituições educacionais, além de estratégias de atuação determinadas, dentre elas, estimular a oferta saudável e adequada de alimentação escolar, apoiar o fortalecimento da política municipal de Segurança Alimentar e Nutricional e criar o núcleo de apoio às empresas e sindicatos para engajamento dos associados Fiesp e Ciesp na agenda.
Antonio Matias, consultor e membro do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta e do Conselho de Associados da ESPM, explicou que envolver instituições e pessoas em causas sociais não é uma tarefa fácil, mas acredita que o Programa Alimentar o Futuro tem tudo para dar certo porque tem Fiesp, Ciesp e Sesi-SP envolvidos no tema.
“Para sensibilizar, envolver e engajar a gente precisa ter alguma coisa que toque no coração e na mente das pessoas e a fome é uma causa forte”, defendeu Matias, que apontou conceitos que considera importantes para o sucesso do programa: parcerias institucionais, comunicação para o engajamento, campanhas de conscientização e continuidade e realimentação.
Dan Ioschpe, vice-presidente da Fiesp, ressaltou que esse é um tema muito importante e que o programa conta com todo o apoio da entidade.
“Esse é o ano do G20 no Brasil e o presidente Lula definiu como item número 1 da presidência brasileira do Grupo a redução da desigualdade, em especial a questão da fome, e eu tenho o privilégio de liderar o B20 (mecanismo de diálogo entre o G20 e a comunidade empresarial) e nós também temos como um dos nossos cinco eixos centrais a questão da fome”, destacou Ioschpe.
No encerramento da reunião, foi assinado um Termo de Parceria entre o Conselho Nacional de Nutrição e a Fiesp para o fortalecimento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), previsto no Programa Alimentar o Futuro – Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) na Infância, desenvolvido pela Fiesp em parceria com o Ciesp e Sesi-SP.