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Lulu Santos, homenageado no Grammy, já teve obra magistral levada ao teatro em musical
Músico, que receberá Prêmio à Excelência Musical, teve canções como tema do espetáculo Meu Destino é ser Star
Anunciado no último sábado, 20, o nome do cantor e compositor carioca Lulu Santos como o homenageado da nova edição do Prêmio à Excelência Musical do Grammy Latino, não chega a pegar os ouvintes do músico de surpresa. Isso porque, aos 50 anos de carreira, o compositor não só tem um dos repertórios mais conhecidos da música popular brasileira, como é um dos melhores autores do cancioneiro latino.
Títulos como Tempos Modernos (1982), Toda Forma de Amor (1988), O Último Romântico (1983) e Como uma Onda (1983), apenas para citar alguns, são pérolas pop que, tivessem sido compostas em inglês, seriam imediatamente incorporados ao repertório da música popular ao redor do mundo.
Mas o fato é que, mesmo produzidas em português, as canções de Lulu Santos são fortes os bastante para driblar barreiras de língua e lhe render a merecida laureação pela excelência musical de obra que teve início em 1973, mas chegou ao seu auge mesmo na década seguinte, quando chegou ao mercado Tempos Modernos , seu primeiro LP lançado em 1982.
A obra do compositor é tão vasta e profunda que já foi absorvida até mesmo pelo teatro musical. Fugindo à fórmula clássica das biografias musicais, Meu Destino é ser Star , montado em 2019, mergulha em outra fórmula: a dos espetáculos jukebox, no qual uma história inédita é contada a partir de músicas conhecidas do grande público.
O cancioneiro de Lulu deu vazão à montagem concebida por Renato Rocha, Diego De Angeli e Leandro Muniz, cuja história narrava os meandros da produção de um grande espetáculo, desde as audições, passando pelos ensaios e pela estreia, passando pelos percalços de produção, a inveja, as disputas internas por poder, entre outros temas. A obra foi estrelada por nomes como Jessica Ellen, Myra Ruiz, Matheus Monteiro, Helga Nemetik, entre outros.
Ao todo foram 44 canções enfileiradas em dois atos de espetáculo. Entraram em cena De Repente Califórnia (1982, cujo verso deu título à montagem), Apenas mais uma de Amor (1983), Casa (1983), Certas Coisas (1983), Tudo Azul (1983), Condição (1986), Satisfação (1988), a obscura Lei da Selva (1989), Assim Caminha a Humanidade (1994) e Sereia (1995), entre outros títulos.
Embora tenha contado com outras canções salpicadas em outros musicais, como Silvio Santos vem Aí e O Frenético Dancin Days , é, até o momento, Meu Destino é ser Star o musical que melhor celebrou a obra musical de Luiz Maurício Pragana dos Santos, que, com a assinatura de Lulu Santos, nivelou por cima a música pop do Brasil e faz jus ao Prêmio à Excelência Musical que receberá em novembro na cerimônia do Grammy Latino.
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