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BH e Região Metropolitana

Prefeitura comemora o Dia Mundial da Anta com programação educativa no Zoo de BH

O Jardim Zoológico da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica preparou uma atividade educativa especial para comemorar o Dia Mundial da Anta (World Tapir Day), celebrado em 27 de abril, neste sábado (27) A data tem como objetivo chamar a atenção para a conservação de uma espécie que desempenha um papel valioso na manutenção da biodiversidade dos biomas onde ocorre, e foi instituída para aumentar a conscientização das pessoas sobre as espécies de antas que existem no planeta

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Prefeitura comemora o Dia Mundial da Anta com programação educativa no Zoo de BH

O Jardim Zoológico da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica preparou uma atividade educativa especial para comemorar o Dia Mundial da Anta ( World Tapir Day ), celebrado em 27 de abril, neste sábado (27). A data tem como objetivo chamar a atenção para a conservação de uma espécie que desempenha um papel valioso na manutenção da biodiversidade dos biomas onde ocorre, e foi instituída para aumentar a conscientização das pessoas sobre as espécies de antas que existem no planeta. Exatamente por isso, o Zoo da capital promoverá o bate-papo “Encontro com a anta”, que irá acontecer em frente ao recinto misto, na Praça Nacional, das 10h às 13h.

De acordo com a bióloga/educadora da Gerência de Educação Ambiental da Fundação, Rízzia Botelho, somente no Brasil o nome “anta” é equivocadamente usado para se referir a pessoas consideradas com pouca inteligência, ou que cometem algum ato estúpido. “Em datas como esta, promover um bate-papo com o público é uma oportunidade não apenas para caracterizar a espécie, mas também de apresentar a história de vida dos animais que estão sob os cuidados do Zoológico de BH. Além disso, é muito importante esclarecer para as pessoas que esse animal não tem nada de estúpido. Aliás, ele é dócil e muito inteligente! A mãe, por exemplo, ensina o filhote a identificar quais plantas são alimento e aquelas que fazem mal à saúde. Ele também aprende a se proteger e a distinguir quais cheiros e sons são sinais de perigo”, destaca.

Dicas valiosas para o público

A anta é considerada a “jardineira da floresta”. Como se alimenta de uma grande quantidade de frutos e percorre diariamente grandes distâncias, quando defeca espalha por toda a área, sementes prontas para germinar, sendo assim, responsável pela formação e renovação das florestas. A anta é também considerada uma espécie guarda-chuva, pois para sobreviver, esse animal precisa de extensas áreas naturais preservadas. Com isto, protegendo a anta, protege-se as demais espécies que dividem com ela o mesmo habitat.

De maneira geral, as principais ameaças a esse animal são: perda de habitat e caça. Mas, considerando a área de ocorrência das diferentes espécies, existem outras ameaças que também precisam ser destacadas, como: atropelamentos em rodovias, contaminação por agrotóxicos, queimadas, doenças pela proximidade com animais domésticos e até mesmo a presença de conflitos armados que têm, por exemplo, impacto negativo na conservação da anta-da-montanha (Tapirus pinchaque), espécie que ocorre na Colômbia, Equador e Peru. O fato desse animal possuir o ciclo reprodutivo longo e apenas um filhote por vez, torna-o ainda mais vulnerável a todas essas pressões.

Considerando-se todos esses fatores, é que a atividade do próximo sábado representa uma ótima oportunidade para os visitantes conhecerem a espécie de anta que vive sob os cuidados do Zoológico de BH. Além disso, o público também terá a chance de receber informações sobre o papel que os zoos e aquários desempenham na conservação integrada de centenas de espécies da fauna silvestre. Atualmente, o Zoológico mantém sob os seus cuidados quatro indivíduos dessa espécie, sendo um deles no recinto misto (Praça Nacional).

Características

A anta é o maior mamífero terrestre nativo do Brasil. Chega a medir dois metros de comprimento, mais de um metro de altura e pode pesar até 300 kg. A fêmea costuma ser maior e mais pesada que o macho. Possui o focinho em forma de uma pequena tromba móvel. Quando adulto, o corpo desse animal apresenta coloração acinzentada ou amarronzada, com uma crina curta e as pontas das orelhas brancas. Tem o olfato muito bom, por isso, costuma farejar tudo à sua volta. Já a visão e a audição não são tão desenvolvidas. Possui quatro dedos nas patas dianteiras e três nas patas traseiras. O tempo médio de vida quando está sob cuidados humanos pode ser superior a 30 anos; na natureza, a estimativa é de cerca de 22 anos.