Siga-nos

BH e Região Metropolitana

Práticas curatoriais e metodologias de pesquisa é tema do primeiro Diálogos MAP

A Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Viaduto das Artes, realiza o primeiro “Diálogos MAP” da 9ª edição do Bolsa Pampulha, no próximo dia 10 O encontro tem como objetivo promover reflexões a partir das práticas curatoriais e compartilhamento de experiência sobre projetos realizados, bem como metodologias de pesquisa

Publicado

em

Práticas curatoriais e metodologias de pesquisa é tema do primeiro Diálogos MAP

A Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Viaduto das Artes, realiza o primeiro “Diálogos MAP” da 9ª edição do Bolsa Pampulha, no próximo dia 10. O encontro tem como objetivo promover reflexões a partir das práticas curatoriais e compartilhamento de experiência sobre projetos realizados, bem como metodologias de pesquisa. As convidadas são as pesquisadoras Juliana Gontijo e Pollyana Quintella, que integram a equipe curatorial responsável pelo acompanhamento dos bolsistas da edição. As curadoras irão percorrer temas como atividade curatorial, pesquisa acadêmica, além de curadoria experimental e curadoria institucional. A atividade será na próxima sexta-feira (10), às 19h, no Museu da Moda de Belo Horizonte (MUMO), é gratuita, sem necessidade de inscrições (sujeito à lotação). Para mais informações site pbh.gov.br/bolsapampulha.

Com iniciativa do Museu de Arte da Pampulha (MAP), o “Diálogos MAP” faz parte da programação de atividades presenciais e abertas ao público da 9ª edição do Bolsa Pampulha.

Neste encontro, Juliana Gontijo irá explorar o entrelaçamento de sua atividade curatorial com a docência universitária e a pesquisa acadêmica. Em suas pesquisas, ela trabalha desde a perspectiva decolonial com os saberes expandidos das artes e das tecnologias, atuando na América Latina em coletivos curatoriais e experimentando processos colaborativos.

Já Pollyana Quintella pretende abordar as relações entre curadoria experimental e curadoria institucional, reconhecendo o museu como território em disputa, “lugar de negociação das diferenças”. Ela explica que a ênfase durante a conversa será em projetos que apostam no diálogo entre diferentes tempos históricos, e que visam tratar a contemporaneidade como co-temporalidade. Como curadora independente, Pollyana, organizou exposições em instituições como Sesc Pompeia, Museu Paranaense (MuPA) e Paço Imperial. Nos últimos anos atua com ênfase nas relações entre arte contemporânea, cultura visual e política.

Sobre o Bolsa Pampulha

O Bolsa Pampulha é um programa consolidado de arte contemporânea e se apresenta como uma das primeiras residências artísticas do Brasil. Sua origem remonta ao Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte, realizado desde 1937. A partir de 2003, passa por uma reformulação e ganha o formato atual, de forma a evidenciar e dialogar com as oportunidades da arte e da cultura contemporâneas.

Uma das principais iniciativas do MAP, instituição vinculada à Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, o Bolsa Pampulha reforça o museu como espaço de formação, pesquisa e experimentação junto à comunidade artística local e nacional, algo testemunhado ao longo de suas edições anteriores. Enquanto política pública de cultura, o Bolsa Pampulha confere visibilidade à trajetória de relevantes nomes das artes visuais brasileiras que passaram pelas residências do programa, como Cinthia Marcelle, Paulo Nazareth, Marilá Dardot, Desali, Janaína Wagner, Rafael RG, Marcellvs L, Luana Vitra, Froiid, entre outros.

Como parte integrante do programa, estão previstos encontros mensais, leituras de portfólio, debates, oficinas, palestras abertas ao público, presencial ou virtual, além de uma Mostra de encerramento e a publicação de um catálogo, ambos com as obras dos bolsistas contemplados. Fazem parte da equipe curatorial as pesquisadoras Juliana Gontijo e Pollyana Quintella e, da tutorial, o artista multidisciplinar Froiid e o pesquisador Lucas Menezes. Em parceria, eles irão contribuir ao longo dos processos de pesquisa, formação, experimentação e criação dos bolsistas.

Descentralização e Território – Descentralizar o fomento à arte contemporânea é uma das propostas desta edição do Bolsa Pampulha. A parceria com o Viaduto das Artes tem como objetivo ampliar esse caráter de democratização artística. O MAP, que encontra-se em obras de restauro, segue atuante também por meio do Bolsa Pampulha – que está em sua 9ª edição. Dessa forma, o programa confirma sua expansão pela cidade e mantém o MAP como importante ponto de diálogo e convergência.

As residências artísticas desta edição do Bolsa Pampulha se configuram como um intercâmbio cultural em contato constante com o território ampliado de Belo Horizonte, envolvendo especialmente a Região Metropolitana.

Museu de Arte da Pampulha

Inaugurado em 1957, o MAP exerce um relevante papel na formação, desenvolvimento e consolidação do ambiente artístico e cultural de Belo Horizonte. Seu acervo conta com importantes obras e documentos que permitem revisitar a história da arte moderna e contemporânea brasileira, com especial destaque para o seu edifício-sede.

O prédio, projetado por Oscar Niemeyer na década de 1940, é uma referência icônica para a arquitetura moderna brasileira e dos mais representativos cartões-postais de Belo Horizonte. Desde 2016, o Conjunto Moderno da Pampulha é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Viaduto das Artes

O Viaduto das Artes é um equipamento cultural e multidisciplinar instalado no Barreiro, região periférica de Belo Horizonte. Conta com galeria de arte, biblioteca, ateliês, jardim de esculturas, espaços formativos e expositivos instalados no baixio do viaduto Engenheiro Andrade Pinto, na avenida Olinto Meireles, 45. Com área aproximada de 1 mil m², o local recebe eventos em vários formatos, como exposições, shows, oficinas, espetáculos teatrais, entre outros.

O Viaduto das Artes mantém diálogo cotidiano com a comunidade ao redor, e trabalha em prol do impacto cultural, educacional e social naquele território. A região, que engloba mais de 300 mil habitantes, exibe um cenário de tensões sociais e econômicas comuns à periferia de qualquer grande cidade brasileira. O equipamento cultural cumpre um raro papel de aproximação e transformação junto a essa vizinhança.

SERVIÇO

Diálogos MAP – 9ª edição do Bolsa Pampulha

Palestra com Juliana Gontijo e Pollyana Quintela

10 de maio, às 19h

Museu da Moda (MUMO): Rua da Bahia, 1149, Centro, Belo Horizonte

Entrada gratuita

Mais informações em: pbh.gov.br/bolsapampulha